O Atlético recebe o Paraná Clube hoje, no Ecoestádio, às 16h20, para decidir qual divisão do Campeonato Brasileiro vai disputar no ano que vem. Com o empate, o Furacão já carimba o retorno para a Série A, independentemente dos resultados de Vitória e São Caetano, que estão na mesma briga por uma vaga no G4 decisivo.
Mesmo uma derrota pode assegurar o Furacão na elite nacional, desde que seus rivais não vençam Ceará e Guarani, respectivamente. No entanto, uma derrota, combinada com uma vitória do Azulão e um empate do rubro-negro baiano, faz desmoronar os planos atleticanos. Não só torna nula a arrancada do time a partir do final do primeiro turno, como coloca por terra todo o planejamento da diretoria que teve como bandeira principal nas eleições do ano passado a promessa assegurada de retorno à Série A.
Por isso, hoje prevê-se sacrifício e empenho acima do comum dos rubro-negros. Tudo para não ter de buscar explicações e justificar a ausência do Furacão na Série A ano que vem, depois de começar a temporada como grande favorito ao título.
Do outro lado do campo estará o Paraná, que já não almeja mais nada, mas passar pelo Atlético seria uma forma de compensar a torcida, que teve de encarar uma realidade sofrida este ano. O time disputou a Segundona do Paranaense, a qual venceu, e pelo quinto ano consecutivo não teve forças para brigar pelo acesso no Brasileiro. Além disso, novamente repetiu a novela de greves e protestos por conta de falta de pagamento de salários. Atrapalhar o caminho de um dos maiores rivais seria um “troféu” para a torcida.
Mas para o técnico Ricardo Drubscky, do Atlético, não é diferença brutal entre Tricolor e Furacão que aumenta a responsabilidade atleticana. É, sim, o objetivo em si e as oportunidade de chegar ao clássico em condições ainda de voltar à Série A. “O Atlético cumpre suas obrigações, mas no quesito competição e Série B está com a responsabilidade maior por que tem muito a perder e muito a ganhar, dependendo resultado”, explica.
Com esse tempero especial de objetivos distintos de Atlético e Paraná Clube, a promessa é de um grande jogo. “Para eles será um jogo muito importante também. Será um jogo temperado com muita emoção, de muita tensão. Só não seria um jogo de muita expectativa se tivessem definidas as situações dos dois. Mas como existe um dos dois buscando objetivo muito grande, vai haver uma disputa interessante”, avalia Drubscky.
Ser o “estraga prazer” será o maior objetivo do Paraná -situação que é bem assimilada já pelo atacante Marcelo, artilheiro atleticano na Série B, com 16 gols. “Sabemos que será um jogo difícil, apesar do Paraná estar tranquilo no campeonato e não ter nada em disputa. Mas por se tratar de um clássico, e nós estarmos brigando pelo acesso, com certeza eles não vão querer deixar barato”, destaca.