Atlético continua sofrendo com as contusões

Um dos fantasmas que assombrou a passagem de Antônio Lopes pelo Atlético permanece no CT do Caju e já atrapalha a vida do novo treinador Ney Franco: a contusão de atletas. No treino de ontem à tarde, o volante Valencia se queixou de dores na coxa e, depois de passar pelo departamento médico, foi cortado do jogo contra o Inter, amanhã, em Porto Alegre. ?Fez comigo dois trabalhos táticos e começamos a armar a equipe com ele. Estava dando um suporte muito bom no meio-campo e até me surpreendi com a qualidade técnica dele. Infelizmente, no treino da tarde sentiu e foi vetado?, relatou o treinador. Além de Valencia, outro jogador que não viaja é o lateral-direito Nei, que recebeu o terceiro cartão amarelo, contra o Figueirense, e terá que cumprir suspensão automática.

Diante da contusão do colombiano, o Atlético embarca hoje com a escalação indefinida. Ontem, Ney Franco testou dois jogadores que podem compor o meio-campo, que, a princípio, já está formado com Alan Bahia, Claiton e Ramon. André Rocha e Netinho disputam a vaga de Valencia. No entanto, no treino de hoje, que deverá definir a equipe, Ney Franco pretende observar mais uma opção, Erandir.

O que está definido é o novo ataque e o sistema de jogo adotado para enfrentar o Internacional. O criticado Dinei foi afastado e dará lugar a Ferreira. Marcelo será mantido e o Atlético entra em campo no 4-4-2. Entretanto, Ney Franco adiantou que no decorrer da partida pode realizar alterações no esquema. ?A montagem da equipe contra o Inter será um 4-4-2 e se em algum momento acharmos interessante jogar com três zagueiros, podemos fazer um 3-5-2 ou 3-6-1?, explicou.

Para o jogo de amanhã, o treinador espera explorar o contra-ataque e para isso necessita de velocidade. Por isso aposta em Ferreira. ?Para esse jogo específico, precisamos de um jogador que tenha qualidade e que saiba puxar o contra-ataque com rapidez?, analisou o treinador.

Marcelo está confirmado

Apesar de a torcida ter criticado as últimas atuações, Marcelo foi confirmado no ataque por Ney Franco.

De acordo com o treinador, está faltando uma seqüência maior de jogos para que o atleta possa mostrar a sua capacidade. ?Vou conversar com a comissão técnica sobre esse jogador para saber da condição física dele. Ele pode estar um pouco fora de ritmo, pois ficou um tempo parado, após o término do Carioca?, analisou o técnico.

Marcelo e Ney trabalharam juntos por aproximadamente dois meses, no final de 2006, no Flamengo e, neste ano, se reencontraram, mas atuando em clubes opostos. Em uma oportunidade, Marcelo foi o carrasco do Flamengo, time que era comandado por Ney. Na ocasião, o atacante fez quatro gols jogando pelo Madureira.

?É sempre bom trabalhar com treinadores que você já atuou. Facilita um pouco porque ele já conhece a minha característica. Então, ele sabe onde e como eu gosto de jogar e isso só vai me ajudar em campo?, revelou o atacante.

Durante a entrevista concedida após o fraco desempenho diante do Figueirense, na última rodada, Marcelo demonstrou estar incomodado com sua performance no Atlético e prometeu melhorar: ?Fui contratado para fazer gol e essa fase vai passar?, afirmou.

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