Atlético continua sofrendo com a falta de gols

Desde a chegada de Antônio Lopes o rendimento do Atlético melhorou. Principalmente a defesa, que ficou mais segura e compacta, apesar dos equívocos nos últimos jogos.

Porém, o sistema ofensivo continua sendo um problema. E nesta reta final fazer gols é fundamental para somar pontos e fugir definitivamente da zona da degola, objetivo que restou ao Atlético no momento.

O Furacão tem o 2.º pior ataque do Brasileirão (36 gols) à frente apenas do Santo André e atrás do Fluminense e Sport, últimos colocados. Também é o penúltimo clube em assistências e o último em finalização. Isso reflete a pouca produtividade do meio-campo e do ataque, já que os setores são dependentes um do outro.

Se a bola não chega aos atacantes eles não finalizam. Inclusive essa reclamação foi feita pelo atacante Patrick nos últimos jogos em que atuou como titular. Também há uma excessiva dependência pelo futebol do experiente Paulo Baier. Se ele não estiver num bom dia, o Atlético não rende.

Pífio

O número de gols anotado pelos atacantes atleticanos é de chorar. Wallyson anotou quatro gols.

Patrick e Wesley, dois cada, e Alex Mineiro apenas um. Neste quesito são os meias Paulo Baier e Marcinho que se destacam. Marcinho é o artilheiro no Brasileirão com 9 gols. O maestro anotou 7.

Na Arena, que deveria ser referência para as grandes apresentações do time e de muitos gols, o índice de aproveitamento também deixa a desejar.

Das quinze partidas realizadas no Caldeirão, em cinco delas o time passou em branco e em outras cinco marcou apenas um gol (quadro).

Muito pouco para um clube que sempre foi temido em sua praça esportiva por pressionar o adversário e marcar gols.

Esse baixo rendimento pode ser explicado, em parte, pela mudança constante no setor.

Faltando apenas cinco rodadas para o fim da competição, o Atlético não tem uma dupla de ataque definida. Ora joga Alex Mineiro e Wallyson, ora Marcinho e Patrick e outras combinações entre esses jogadores. Agora chegou a vez de Rodrigo Tiuí ser testado.

E não foi por falta de opções que o ataque não decolou. Além dos já citados, neste Brasileiro entraram em campo Rafael Moura, Zulu, Eduardo, Júlio César e Geílson. No Paranaense, Jorge Preá e Lima. O atacante Brasão ainda não fez sua estreia e está se recuperando de uma lesão muscular.