Atlético conta com Ivan em sua nova fase

O lateral-esquerdo Ivan viveu uma madrugada de angústia no dia 24 do mês passado. Concentrado em Campinas com a delegação do Atlético, ele soube das contrações de Daniele, sua esposa. Sem conseguir dormir mais, fez de tudo para antecipar o vôo de volta para Curitiba, mas não chegou a tempo. Ficou feliz do mesmo jeito e dividiu a novidade com o meia Fabrício, companheiro de quarto. Ao mesmo tempo que encerrava um período de quase um ano no estaleiro, recebia a melhor notícia de sua vida, o nascimento de seu filho Pedro.

"Minha esposa me ligou de madrugada e disse que começou a sentir dor, contração, fui atender o celular no banheiro para não acordar o Fabrício, mas ele percebeu e já quis saber se iria nascer", revelou. Foi o bastante para o lateral começar a acionar as empresas aéreas e tentar voar o mais rápido possível para casa. "Até que consegui um vôo mais cedo, mas infelizmente, quando cheguei em Curitiba o Pedro já tinha nascido", lamentou.

A tristeza se deu porque o pai coruja acompanhou a gravidez de Daniele durante todos os nove meses e perdeu o nascimento.  ele estava se recuperando de lesões e pôde ficar em casa o tempo inteiro. Mas, agora, é só alegria. "Fiquei um ano sem jogar e com esse retorno e o nascimento do meu filho é uma felicidade dupla. Já que coincidiu, espero que traga muita alegria no resto da minha carreira e da minha vida", vibrou.

Hoje, ele será titular pela segunda vez seguida e espera se manter na equipe. "A briga vai ser grande. O Michel está voltando, tem o Moreno que também quer uma vaga no time, eu também quero jogar e vou brigar com unhas e dentes para poder ser titular", avisou. A volta dele se dá após duas contusões distintas e seguidas. "Machuquei o tornozelo seriamente lá na Ucrânia (ele estava emprestado ao Shakthar Donetsk) e quando já estava treinando me deu esse deslize nas costas, que pega o músculo lombar e trava tudo. Acabei ficando um ano sem jogar", explicou.

De qualquer forma, ele só quer recuperar a condição de promessa que tinha quando era dos juniores e com inspiração no amigo Dagoberto. "Eu sempre conversava com ele e trocava idéias porque quando você está machucado tem que ter muita paciência", apontou. Mas, como nada é perfeito, ele ainda é obrigado a fazer tratamento. "Faço acupuntura fora do clube, dói um pouco, mas todo atleta tem que ter superação e espero que passe logo essa dor", finalizou.

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