Atlético começa a busca por novos reforços

O Atlético abriu a temporada de caça aos reforços para o Campeonato Brasileiro. Com o novo treinador, Levir Culpi, elaborando uma avaliação do elenco e com a necessidade de reposição para algumas posições, os dirigentes do clube deram a largada para buscar jogadores que possam ajudar o clube a lutar pelos primeiros lugares da competição. Na mira do Rubro-Negro estão o lateral-direito Baiano (Palmeiras), o volante Pingo (Corinthians) e o meia Jair (Bahia).

Os três foram bem recomendados ao clube da Baixada, não estão sendo aproveitados em seus clubes e podem ser os primeiros a chegar para o Nacional. No entanto, o Furacão pode perder os meias Adriano e Fabrício e o atacante Rena, que poderiam entrar na negociação com os reforços pretendidos. Os três não estão tendo oportunidades no time, não são prioridades no momento e podem ser usados como “moeda de troca”.

“A intenção é reforçar o elenco. Nós estamos ainda numa fase de identificação de carências”, revelou à Tribuna o presidente João Augusto Fleury da Rocha. De acordo com ele, o clube está analisando várias propostas e pode tentar algumas trocas. “O Atlético tem possibilidades de algumas permutas, mas há dificuldade na aquisição de jogadores com o nível que a torcida pleiteia”, aponta.

O dirigente admite que o elenco é bom, mas tem carências. “A lateral-direita é uma das prioridades. O único atleta que nós temos é um jogador emergente (André Luís) e não podemos depender somente dele”, analisa. Além da lateral, o clube também procura um volante para suprir a saída de Ramalho e de um atacante com características diferenciadas de Ilan, Dagoberto, Rena e Ricardinho, que têm futebol muito parecido.

Nomes

Mesmo sem querer falar em nomes, a Tribuna apurou o interesse do clube no lateral-direito Baiano, no volante Pingo e no meia Jair. Havia também a intenção da contratação de Danilo, do Bahia, mas este acertou com o Internacional. As dificuldades para sair alguma negociação são várias. O técnico Jair Picerni não quer liberar o lateral palmeirense, apesar de não usá-lo entre os titulares.

Rivalidade Atlético x Coxa pode esquentar

Nem os paulistas do São Paulo, nem os catarinenses do Figueirense nem os paraenses do Paysandu. Quem resolveu entrar com um protesto contra a presença do goleiro Diego nos jogos do Atlético neste campeonato brasileiro foram justamente os paranaenses do Coritiba, inconformados com a perda de seis pontos no STJD. Justamente quem reclamou veementemente de uma articulação nacional para prejudicar o futebol do, isso mesmo, Estado do Paraná. O clube do Alto da Glória praticamente quebra um acordo de não-agressão e pode reacender a guerra entre os rivais.

Desde a eleição de Giovani Gionédis para a presidência do alviverde, o Atlético voltou a se aproximar do arqui-rival. O dirigente coxa é amigo pessoal de Mário Celso Petraglia, presidente do conselho deliberativo, e os clubes passaram a caminhar juntos nos mais variados temas. Além deles, o presidente atleticano João Augusto Fleury da Rocha foi professor do vice-presidente alviverde Domingos Moro na Puc. Preço de ingresso, cotas de televisão, clássico de uma só torcida, patrocinadores em conjunto, etc. Idéias lançadas em conjunto pelos dois dirigentes e que pretendia fortalecer ambos os clubes.

Na segunda-feira à noite, o vice-presidente do Coritiba, Domingos Moro, ao defender sua equipe, clamou por uma punição ao Atlético também, por ter escalado o goleiro Diego, aparentemente com toda a papelada em dia. Os advogados do Furacão partiram para o contra-ataque, foram aos veículos de comunicação repudiar a atitude do “co-irmão” e apresentar a defesa. Agora, a tendência de o clube ser penalizado com seis pontos também (o Atlético pode ser julgado apenas pelo clássico de domingo, já que as outras equipes não fizeram denúncia alguma) deve esfriar as relações.

O próprio presidente rubro-negro havia declarado solidariedade ao arqui-rival e se mostrado contrário a perda de seis pontos. Segundo ele, uma falha burocrática não deveria se sobrepor ao aspecto esportivo. “Em tese, sou contra qualquer decisão (em campo) que seja modificada por uma questão de tecnicidade”, revela. De acordo com ele, o clube chegou a discutir uma possibilidade de investigar a presença de Ataliba nas finais do campeonato paranaense, mas o pleito de alguns conselheiros foi abortado em prol do resultado em campo.

Mesmo com essas rusgas, Fleury prefere não aumentar a polêmica. “É um direito deles. Quando a gente milita na área da advocacia a gente aceita esse tipo de denúncia”, minimiza. Para ele, as instituições devem ser preservadas acima de tudo. “O fato de ele estar lá (Moro) e eu estar aqui provoca algumas divergências. Mas, eu não me contamino com algumas declarações”, pondera. Para ele, a atitude do adversário é uma mostra de uma mentalidade paroquial. “Nós vivemos numa paróquia onde os fiéis se desentendem”, finaliza.

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