Atlético aposta em seu “quarteto fantástico”

O Atlético está a um empate de voltar para a Série A, o que espera que ocorra no próximo sábado, contra o Paraná Clube. E a classificação tem boas chances de vir de um quarteto que, nesta Série B, teve participação direta em 80% dos pontos conquistados. Dos 21 triunfos obtidos pelo Furacão, em 17 deles Elias, Paulo Baier, Marcão e Marcelo tiveram participação direta marcando gols. Esse quadrado também é responsável por 68% dos gols da equipe. Juntos, marcaram 44 dos 64 gols rubro-negros na competição.

Paulo Baier tem sido substituto direto de Elias. A chegada do meia mineiro, que estava no Atlético-GO, deu fim à “Baierdepedência” que o Atlético enfrentou em 2010 e 2011. O capitão teve de se acostumar a conviver com o status de reserva. Mas a presença de Elias fez Baier também ganhar destaque, sobretudo no segundo tempo. Foi assim que decidiu dois jogos para o Furacão (Ipatinga e ASA, ambos por 1 x 0, no primeiro turno). Mas se Baier tem sido decisivo, Elias idem. Dos 20 jogos de que participou, o meio-campo abriu o placar para o Furacão em seis deles. Além disso, já balançou as redes oito vezes, e em duas foi para evitar a derrota, garantindo o empate por 1 x 1 contra Joinville e América-RN.

 

A dupla de ataque, formada por Marcão e Marcelo, completa o quadrado. Marcelo, artilheiro da temporada com 17 gols (16 pela Série B e 1 pelo Estadual) foi responsável “sozinho” por três vitórias e um empate. Marcão é menos decisivo, mas tem deixado sua marca, principalmente no segundo tempo, no período mais crítico das partidas.

 

O mais curioso é que, apesar de os quatro serem os grandes destaques nesta arrancada atleticana, poucas vezes atuaram juntos. Foram apenas 128 minutos. Contra o Boa, dia 4 de setembro estiveram em campo por 33 minutos. A cena se repetiu no dia 6 de outubro, no 5 x 4 diante do América-MG, com mais 29 minutos de parceria. Finalmente, no dia 23 de outubro, Baier, Elias, Marcão e Marcelo foram escalados como titulares. Mas aos 33 do 2.º, Baier deixou o gramado, reforçando a teoria de que o quarteto não precisa jogar junto para fazer a diferença.