Atleticanos prometem mostrar serviço amanhã

Os jogadores do Atlético não falam em outra coisa no CT do Caju: a partida contra o Corinthians “será um jogo bom de se jogar”. Entenda-se por bom a grande expectativa que cerca um jogo envolvendo a segunda maior torcida do país, transmissão pela televisão para todo o Brasil, casa cheia, além da presença de Geninho, que deverá ser novamente homenageado pelos torcedores atleticanos. Ingredientes a mais para motivar o time a ir em busca da reabilitação no campeonato brasileiro.

“Sabemos que nós temos a responsabilidade de vencer essa partida, porque é dentro de casa, é um jogo bom de se jogar e espero que a nossa equipe possa repetir as boas atuações que está tendo na Arena”, declara a O Estado o lateral-direito Alessandro. Para ele, a responsabilidade sempre existe, mas agora é maior porque o time não vence na competição desde o dia 8 de junho (Atlético 4 x 2 Ponte Preta).

“O resultado não vem, a responsabilidade aumenta. Mas, faz tempo que a gente não ganha porque ficamos uma semana parados”, minimiza. O mesmo pensamento tem o volante Luciano Santos. Para ele, enfrentar uma grande equipe sempre aumenta a motivação. “É uma equipe que tem grandes jogadores, vem mostrando isso, mas eu acredito que vai ser um bom jogo e nós estamos cientes disso e vamos procurar fazer o melhor para conquistar os três pontos”, destaca.

Time

Para tanto, o time do técnico Osvaldo Alvarez terá o desfalque do meia Adriano, sem contrato com o clube. Em compensação, Vadão terá as voltas do lateral-direito Alessandro e o volante e capitão Leomar. A única dúvida fica para a defesa. O zagueiro Rogério Correia machucou o tornozelo no treino de quinta-feira e nem participou do coletivo de ontem. Quem treinou em seu lugar foi Ígor, que está de sobreaviso. Hoje, o departamento médico deverá definir se ele terá condição ou não de atuar contra os paulistas.

Vadão e Geninho têm muito em comum

Um duelo entre dois dos mais queridos e vencedores treinadores com história no Atlético está prometendo para amanhã pelo campeonato brasileiro. Do lado rubro-negro, Osvaldo Alvarez, vencedor do Torneio Seletivo para a Libertadores e, do lado do Corinthians, Geninho, campeão brasileiro de 2001. Um confronto à parte no encontro entre as duas equipes, que precisam mais do que nunca vencer para acalmar os ânimos e afastar uma crise que não pára de rondar. A partida está programada para as 16 horas, na Arena.

Se pelo lado dos paulistas, os jogadores vão entrar em campo para segurar a barra de Geninho, ameaçado de demissão mais pelo que anda falando do que pelos resultados propriamente, no Atlético a situação é mais delicada devido aos altos e baixos na competição. Com a necessidade de vitória para se reabilitar, o time traçou o plano de alcançar a oitava posição ao final do primeiro turno. E, para tanto, precisa manter o bom rendimento em casa e garantir os três pontos da partida.

Mas, se depender de Vadão, o duelo ficará restrito aos jogadores em campo, que seriam as estrelas do espetáculo. “Quem vai jogar é Atlético x Corinthians. O confronto do banco tem um limite. Passou daquele limite, sempre serão os jogadores quem decidirão”, disse à Tribuna o comandante atleticano. Para ele, amigos, amigos, negócios à parte. “Eu acho que é um duelo entre Corinthians x Atlético e, entre eu e o Geninho, a mesma amizade de sempre”, aponta.

Mesmo se não conseguir a vitória, Vadão garante que o trabalho segue, principalmente porque o presidente do clube, Mário Celso Petraglia, garante a permanência do técnico. “Nós temos é que melhorar, a verdade é essa. Quando nós chegamos nós pegamos um grupo jovem e nós traçamos uma planificação e nunca enganamos o torcedor. Sempre dissemos que o time poderia ter altos e baixos e que nós teríamos uma equipe muito competitiva no ano que vem”, explica.

Apesar disso, as cobranças são grandes e a campanha mostrada até aqui não vem agradando. “A equipe, mostrando o futebol que mostrou contra o Flamengo e contra o Cruzeiro (apesar da derrota), provou que pode fazer melhor e é isso que nós estamos cobrando, que é fazer melhor”, destaca. Mas, a terceira derrota seguida no Brasileirão e para Geninho poderá desencadear uma reação da torcida contra a comissão técnica, dirigentes e até jogadores.

Voltar ao topo