As ruas que cercam a Câmara Municipal de Curitiba ficaram tomadas por aproximadamente 400 torcedores do Atlético, que realizaram um abraço simbólico na Casa. Uma hora antes do início da votação da proposição do prefeito Luciano Ducci, que prevê alteração na lei municipal 13.620/2010, para o aumento global dos títulos de potencial construtivo de R$ 90 milhões para R$ 123 milhões, a serem usados para a conclusão da Arena da Baixada, os torcedores do Furacão, com bandeiras, foguetes e baterias, tentavam pressionar os vereadores que chegavam à Câmara para votar.
Ao contrário do que se esperava, a torcida do Coritiba, que chegou a cogitar a possibilidade de fazer uma manifestação de protesto contra a lei do potencial construtivo, não compareceu. Mesmo assim, um forte esquema de segurança foi montado nos locais próximos a Câmara Municipal de Curitiba, em uma ação conjunta que envolveu a Guarda Municipal e a Polícia Militar.
O vereador Julião Sobota (PSC), ex-presidente da torcida organizada e que não conseguiu se reeleger, rasgou o protocolo e se juntou aos manifestantes do Furacão. Depois, tentou dizer que a medida não aconteceu para tentar influenciar os votos dos vereadores. “A torcida organizou essa visita não para pressionar ninguém, mas sim para mostrar a importância da aprovação do aumento desses valores. Não será apenas um benefício para o Atlético, mas também para toda cidade e para o Estado”, defendeu.
Enquanto apenas dirigentes e conselheiros do Atlético tiveram acesso ao plenário para acompanhar a discussão, os torcedores do Atlético ficaram em frente a Câmara Municipal até o final da sessão extraordinária.