“O momento é de união.” Com essas palavras, um manifesto em prol da reabilitação do Atlético no Brasileirão está circulando na Internet. E a repercussão tem sido imensa e está gerando grande mobilização entre a apaixonada nação rubro-negra.
O documento é assinado por um grupo ilustre e de grande representatividade no contexto do clube: os ex-presidentes Marcus Coelho e Valmor Zimermann, o ex-diretor médico do clube Edilson Thiele, o ex-diretor de relações-públicas Roberto Karan, o vice-governador do Estado, Orlando Pessuti, e o publicitário J.J. Werzbitzki.
A idéia do manifesto surgiu no último fim de semana e após contatos ficou acertada a criação do documento que tem como objetivo único demonstrar a força do Atlético fora das quatro linhas e reverter essa energia para o time e a nova comissão técnica, pois são eles quem têm a missão de tirar o clube dessa situação trágica.
De acordo com Marcus Coelho, o intuito maior é a mobilização de todos que gostam e vivem o Atlético e que desejam criar uma aura positiva antes da estréia de Geninho e do “novo grupo” atleticano.
“Como a única coisa que podemos fazer no momento é torcer, resolvemos fazer essa mobilização para reafirmar a força do Atlético. E com isso expressar a jogadores e comissão técnica que podem contar com essa força enorme que virá de fora”, explicou Coelho.
Para ele, o manifesto significa a demonstração irrestrita de apoio ao clube, que pela história e tradição não merece estar passando por um momento tão delicado.
Apolítico
O ex-presidente fez questão de ressaltar que o movimento não tem conotação política e que é movido pela paixão que todos têm pelo Furacão. Tanto que o documento faz menção de apoio ao atual vice-presidente Marcos Malucelli.
“A intenção do manifesto é dizer publicamente: ‘Olha, estamos com vocês. Podem contar conosco’”, afirmou Coelho, que complementou enaltecendo a atitude de Malucelli e do técnico Geninho em assumir o Atlético neste momento complicado. “Eles foram corajosos e têm o respaldo e gratidão pelo seu ato”, destacou.
Por ter sido divulgado em um momento conturbado, pois o Furacão passa por mudanças na diretoria e a próxima eleição está marcada para dezembro, Marcus Coelho não teme que a manifestação seja interpretada como oportunista.
“Não tenho medo que pensem assim. E só posso lamentar se alguém interpretar dessa maneira. O manifesto é apolítico. (Grupo que lançou) não tem pretensão de se intrometer na parte do clube. É um ato simbólico. Para dar boa sorte”, finalizou.
Essa mesma idéia é compartilhada pelo ex-diretor Roberto Karan. Para ele, neste momento, o importante é a união de todos para melhorar o ambiente no clube e aglutinar forças para empurrar o Atlético rumo à recuperação no campeonato.
“Se há algum descontentamento, isso não vem ao caso agora. É hora de união e de ajudar o Atlético a transpor um momento difícil em sua trajetória. Não há articulação política e (o manifesto) não tem nada de oportunista”, concluiu. Foi tentado contato com o vice-governador, Orlando Pessuti, porém ele estava em viagem para o interior do Estado.
