Logo depois do final da partida entre Atlético-MG e Arsenal, goleado por 5 a 2 na noite da última quarta-feira, no Estádio Independência, em Belo Horizonte, pela Copa Libertadores, uma grande confusão acabou sendo provocada pelos jogadores do time argentino, que entraram em conflito com a polícia e chegaram a agredir oficiais. Após o conflito, oito atletas da equipe foram indiciados por lesão corporal e desacato, enquanto o clube de Sarandi foi condenado a pagar multa de R$ 38 mil, indenização que foi convertida em transação penal em audiência de emergência.

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Por causa desta decisão judicial tomada na própria delegacia do estádio, os jogadores indiciados foram liberados para depois retornarem ao hotel onde ficaram hospedado e depois seguirem em voo que estava marcado para partir às 7 horas do Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, que fica na Grande Belo Horizonte.

Jorge Ortiz, Damian Perez, Hugo Nervo, Milton Celiz, Ivan Marcone, Dario Benedetto, Nicolas Aguirre e Lisandro Dessypris foram os atletas indiciados e ficaram presos por cinco horas na delegacia do Independência. E eles só conseguiram sair do estádio porque a diretoria do Atlético emprestou dinheiro ao Arsenal pata o pagamento da indenização, segundo confirmou a comandante da PM de Minas Gerais, a coronel Claudia Araújo Romualdo.

Toda confusão começou depois que os jogadores argentinos foram para cima do árbitro paraguaio Enrique Cáceres, logo após o apito final do duelo. A polícia foi proteger o juiz e foi desencadeada uma grande confusão, que começou no gramado e depois se arrastou para a porta do vestiário da equipe argentina. Cadeiras foram arremessadas no conflito, um radialista foi atingido por uma delas e a própria Claudia Araújo Romualdo disse ter sido agredida “com uma pesada no peito”.

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Os oito torcedores indiciados foram identificados como agressores por meio também da análise de imagens de uma rede de TV que fazia a cobertura do confronto. Essa análise constatou que Ivan Marcone, Dario Benedetto, Nicolas Aguirre e Lisandro Dessypris também participaram do conflito como agressores, depois de Jorge Ortiz, Damian Perez, Hugo Nervo e Milton Celiz terem sido identificados anteriormente. Agressor da coronel Claudia Araújo Romualdo, o volante Marcone chegou a se desculpar com a policial, que confirmou ter aceitado o pedido do jogador.

A juíza Patrícia Fróes, do Juizado Especial Criminal da Arena Independência, explicou que a Lei 9099/95, que instituiu os juizados especiais, permite a conversão de pena em pagamento de indenização, sendo que ficou acertado a divisão do pagamento do montante total de R$ 38 mil de multa da seguinte forma: R$ 26 mil terá de ser dado em dinheiro e dividido entre cinco instituições filantrópicas, R$ 8 mil para policiais militares agredidos e R$ 4 mil para o radialista de uma rádio do interior de Minas Gerais que acabou sendo vítima dos agressores.

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A confusão foi tão grande que a direção do time argentino teve de se desculpar com a chefe da polícia mineira, assim como fez o cônsul José Cafiero, que foi acionado pelo consulado da Argentina no país para ajudar na liberação dos jogadores, que ainda danificaram parte do vestiário no qual foram colocados no estádio.