Turbulência

Tiago Nunes vive momento mais difícil no Athletico

Ídolo da torcida, dono de um trabalho espetacular, Tiago Nunes passa por uma situação inédita desde que assumiu como treinador do Furacão. Foto: André Rodrigues

No comando do time principal do Athletico há pouco mais de um ano e com conquistas importantes neste período, o técnico Tiago Nunes tem enfrentado o seu momento mais conturbado na sua passagem pelo clube. Em campo, o Furacão virou um time previsível, e as recentes atuações irregulares e os resultados aquém do esperado deixaram o ambiente instável. Pela falta de representatividade dos comandantes do departamento de futebol do Rubro-Negro, o treinador tem ficado mais exposto perante a imprensa e a torcida.

+ Mercado: Furacão de olho em goleiro do Santa Cruz

Por ser um clube mais fechado, somente Tiago Nunes atende a imprensa após os jogos e acaba tendo que responder diversas questões sobre o atual momento do Athletico. Desde que se aposentou, recentemente, e assumiu a diretoria de futebol do Furacão, Paulo André não deu as caras. Nunca falou com a imprensa para comentar sobre o momento do time e também sobre a falta de peças de reposição do grupo rubro-negro.

+ Dependência? Sem Lodi, Athletico piora no ataque e na defesa

O principal problema do Athletico em 2019 é a falta de contratações. O clube, no ano em que teve o calendário mais recheado e atrativo da sua história, foi pouco ao mercado. Pior: não trouxe peças de reposição à altura de jogadores importantes e que foram decisivos na última temporada. Assim, diante da sequência desgastante de jogos, Tiago não tem um grupo com muitas opções. Por isso, falta repertório diante de adversários mais retrancados e que acabam estudando bem a forma da equipe rubro-negra jogar para conseguir melhores resultados.

Tiago comandando o treino do Furacão. Ele aposta nessa semana sem partidas para recuperar a equipe. Foto: Felipe Rosa
Tiago comandando o treino do Furacão. Ele aposta nessa semana sem partidas para recuperar a equipe. Foto: Felipe Rosa

Recentemente, depois de ter perdido para o time reserva do Grêmio em Porto Alegre, o treinador chegou a comentar da falta de peças, especialmente para o sistema defensivo. Tiago Nunes comentou que a suspensão do zagueiro Thiago Heleno por doping fugiu do controle e não estava no planejamento do clube. “Hoje, em condições normais, teríamos o Thiago Heleno em condições de jogar. E tínhamos a ideia, desde o estadual, de aproveitar o Lucas Halter. Sabíamos da aposentadoria do Paulo André. Não encontramos um jogador com alta capacidade, que viesse e pudesse vestir a camisa do Athletico e sair jogando. Quando falo não encontramos não é só a questão técnica, mas também a questão salarial”, comentou.

+ Leia mais: Postagem de Nikão no Instagram viraliza e gera polêmica

Eliminado nas oitavas de final da Libertadores, vice-campeão da Recopa Sul-Americana e no meio da tabela do Campeonato Brasileiro, o Athletico ainda tem a disputa disputa da Copa do Brasil. Mas terá que tirar a vantagem de dois gols aberta pelo Grêmio na partida de ida da semifinal, em Porto Alegre, há duas semanas. E justamente para essa partida de volta, dia 4 de setembro, na Arena da Baixada, que é a mais importante da temporada até agora, Tiago Nunes terá um grupo ainda mais enxuto.

+ Confira a tabela e a classificação do Brasileirão!

Sem poder contar com os zagueiros Léo Pereira, suspenso, e Pedro Henrique, que já atuou pela Copa do Brasil, o treinador terá que recorrer a Lucas Halter e Robson Bambu no duelo contra o tricolor paulista. O lateral-direito Madson e o atacante Thonny Anderson, que pertencem ao Grêmio, também não poderão jogar. Pior do que isso, o técnico está tendo que lidar com outros problemas dentro do elenco do Athletico. Um deles é o meia Nikão, que já manifestou seu interesse de deixar o clube para atuar no futebol do exterior. Momento conturbado e que acaba colocando dúvidas no trabalho feito pelo comandante atleticano nos últimos meses.