Na história

Lucho completa quatro anos de Athletico e entra em seleta lista de artilheiros do clube

Lucho Gonzalez marcou na Bolívia. Argentino tem história no Athletico. Foto: Divulgação/Conmebol

Autor do primeiro gol do Athletico na vitória por 3×2 sobre o Jorge Wilstermann, da Bolívia, na última terça-feira (15), o volante Lucho González entrou para um seleto grupo na história do clube. Apesar de jogar mais atrás no campo, o argentino agora faz parte da lista de maiores artilheiros do Furacão na Libertadores.

O gol assinalado em Cochabamba foi o quarto do El Comandante, que igualou a marca de Kelly e Aloísio Chulapa e fica atrás apenas de Marco Ruben, Lima e Luisinho Netto, todos com seis tentos. Um número importante para um jogador que, aos 39 anos, vem se identificando com o Rubro-Negro.

Todos os gols do volante no torneio continental foram decisivos. Antes desse, ele havia deixado sua marca três vezes na edição de 2017. O primeiro foi o gol da vitória por 1×0 sobre o Deportivo Capiatá, do Paraguai, que classificou o Athletico para a fase de grupos. Depois, marcou no empate em 2×2 com a Universidad Católica, do Chile, na Arena, e o do triunfo por 1×0 sobre o San Lorenzo, da Argentina, fora de casa.

Lucho, o líder do Athletico

Com a camisa do Furacão foram, no total, nove gols em 144 partidas. Lucho chegou ao Furacão no dia 16 de setembro de 2016. Durante esses quatro anos, conquistou quatro títulos: a Sul-Americana de 2018. a Levain Cup e a Copa do Brasil em 2019 e o Paranaense em 2020. Mais do que isso, se tornou um líder dentro do elenco.

Experiente, o atleta é um colecionador de troféus – foram 28 ao longo da careira -, fez carreira na Europa, disputou Copa do Mundo, e trouxe toda essa bagagem para ajudar o Rubro-Negro a também mudar de patamar. Dentro e fora de campo.

Lucho conquistou três títulos pelo Athletico. Foto: Albari Rosa/Arquivo

Além dos títulos, o volante também ajudou no desenvolvimento de jovens jogadores, como o lateral-esquerdo Renan Lodi e o volante Bruno Guimarães.

“Gosto que os mais jovens tenham mais responsabilidade e dou conselhos. Alguns devem pensar que sou um velho chato, mas aqui temos vários jogadores com muito futuro”, disse ele, ainda em 2017. Desde então, o clube teve muito sucessos com pratas da casa.

Nos últimos dois anos, inclusive, ele jogou menos partidas e passou a ficar mais no banco. Entre 2019 e 2020, atuou apenas 41 vezes, entrando no segundo tempo em 19 oportunidades. O que comprova a importância de El Comandante em todos os aspectos.

Lucho ajudou no desenvolvimento de garotos mais jovens no Furacão, como Bruno Guimarães. Foto: Albari Rosa/Foto Digital/Tribuna do Paraná

Drama pessoal

Por muito pouco essa história entre Lucho e Athletico não foi interrompida. No final de 2017, o argentino foi acusado de tentativa de homicídio pela sua ex-esposa, a portuguesa Andreia Marques. O caso ganhou repercussão e o jogador precisou deixar o Brasil para resolver toda a situação na Justiça.

Mesmo assim, seguiu com o apoio do Furacão e em fevereiro de 2018 foi recontratado, dando sequência no clube e também iniciando a ‘era dos troféus’.

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