Explicações

Dono do Madero revela motivo de não patrocinar o Athletico, clube do coração

Júnior Durski não esconde de ninguém que torce pro Athletico, mas investimento seria maior para patrocinar o clube. Foto: Albari Rosa

Dono do restaurante Madero, o empresário Júnior Durski não esconde de ninguém que torce para o Athletico. Porém, a marca do seu principal estabelecimento está estampada na camisa do rival Coritiba, para o espanto de muitos. Porém, existe uma justificativa: o alto investimento que teria que fazer.

“Já pensei nisso. Mas o Athletico é um time tão bem administrado, quer gostem, quer não gostem do Petraglia. Eu gosto, porque gosto de resultado. Acho que esse jeito meio ditador dele faz sentido. Mas que bom que o Athletico vive um momento bom, além do que é caríssimo fazer um patrocínio no clube. É muito caro. Já falamos com eles, mas é um outro patamar. E aí achamos que não faz tanto sentido para nosso produto, quando falamos em Brasil, fazer no Athletico. Até por que o Athletico já tem patrocinador master, não dá para ter dois. Se o clube estivesse em um momento ruim, eu seria o primeiro a ir lá para ajudar de alguma maneira”, afirmou ele.

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Além do Coxa, o nome do Madero já apareceu nas camisas de Londrina, Operário e Prudentópolis, cidade natal de Durski e onde começou a paixão pelo Furacão. Só que investir no clube de coração está fora dos planos, até mesmo a ideia de abrir um restaurante na Arena da Baixada.

“Também já olhamos, já vimos os espaços. O que acontece é que o Brasil ainda está numa crise muito grande. Se no ano passado eu pensava que estávamos no fundo do poço, desceu mais um pouco em 2019. Na minha opinião, todo mundo achou que o Bolsonaro tinha uma varinha mágica, mas não tem isso. Tem que ir recuperando ao longo do tempo, não é rápido assim. Então, nesse momento não há como colocar mais restaurantes em Curitiba. Talvez até devêssemos ter um ou dois a menos. Quando a economia estiver mais aquecida, faz sentido a Arena ter um boulevard de restaurantes. E, olhando o futebol, é o pior negócio do mundo. Tem o que, um jogo por semana?”, ressaltou.

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Apesar de investir em outros clubes, muito pela maior facilidade na questão financeira, já que o gasto é menor, Júnior segue acompanhando o Rubro-Negro, principalmente agora que o time está vivendo uma boa fase.

“Sou meio bandido. Quando o time está bem, vou em todos os jogos. Quando o time está mal, está ruim, eu não vou ao estádio porque isso estraga meu dia. Eu sofro muito no jogo. Acho ruim perder. Vou lá, sofro pra caramba, depois vou jantar puto da vida? Se a chance de sofrer for grande, não vou”, disse o empresário.

Por ser um frequentador assíduo da Arena, ele sabe bem como funciona a questão de alimentação do estádio. E, apesar de não criticar os serviços prestados lá dentro, admite que a questão é um pouco complicada, para quem vende e para quem consome.

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“Aí têm dois pontos. Tem o lado de gostar do Athletico e querer que fosse melhor, que a alimentação fosse mais diversificada. Não vou nem dizer que é ruim, isso é subjetivo. Mas acho muito difícil operar, né? Veja quantos jogos temos por mês, quatro, cinco? E se for olhar pro ano inteiro, tem um período sem jogos, tem também o Paranaense, que vai pouca gente. Não se sustenta a operação lá dentro. Você precisa ter uma estrutura, pessoas, acho difícil. Além de tudo tinha o problema de não poder vender cerveja. Quando vendia cerveja tinha muito mais operações de restaurante lá dentro. Quem sabe isso retoma agora?”, avaliou.

Política

Sobre a parte política do clube, o dono do Madero garante não ter nenhuma relação com o presidente do Conselho Deliberativo do Athletico, Mário Celso Petraglia, mas revelou que recebeu convites da oposição.

“Eu não tenho tempo de participar dessas coisas. Já me convidaram para fazer parte da chapa que concorreu contra ele, mas respondi que não tinha tempo, que não era meu negócio. Não é minha praia. E eu seria pior que o Petraglia de ditador, sabe? Tem coisas que não dá para conversar muito, tem que fazer acontecer”, afirmou Durski, que admite que no futuro pode mudar de ideia.

“Aí sim. Se eu tivesse tempo, iria participar. Quem sabe quando eu me aposentar?”, completou.

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