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De virada, Athletico perde pro Botafogo no Rio de Janeiro

Pedro Henrique cometeu pênalti que Diego Souza converteu e resultou na derrota do Furacão no Nilton Santos. Foto: Ide Gomes/Framephoto/Estadão Conteúdo

O Athletico desperdiçou uma boa chance de subir na classificação do Campeonato Brasileiro. Mesmo jogando com um time recheado de reservas, o Furacão, em um duelo de dois tempos distintos e com muita polêmica – com direito ao VAR ser acionado três vezes, por causa de gol e pênaltis -, perdeu de virada para o Botafogo por 2×1, na tarde deste domingo (11), no Nilton Santos, no Rio de Janeiro, estacionou nos 19 pontos e caiu para a 11ª posição na tabela.

O Rubro-Negro agora concentra todas as suas forças no duelo de ida da semifinal da Copa do Brasil, diante do Grêmio, nesta quarta-feira (14), às 21h30, em Porto Alegre.

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Com um time todo reserva, o Athletico teve um início arrasador. O Furacão jogava à vontade. Conseguia pressionar a saída de bola do Botafogo e forçava o erro do adversário. A primeira chance veio com Thonny Anderson, que aproveitou a saída errada e quase marcou. Na sequência, o centroavante atleticano, depois da cobrança de escanteio, cabeceou com perigo.

O gol parecia ser questão de tempo. Lucho González teve a chance de marcar, mas desperdiçou. Insistente, o Rubro-Negro tirou o zero do placar aos 14 minutos. Depois da cobrança de falta e do desvio no meio do caminho, Braian Romero tentou e Thonny Anderson ficou livre para marcar.

O Athletico tinha o controle do jogo e passava poucos sustos, criando boas chances de ampliar a vantagem. Tomás Andrade e Lucho González tiveram perto de marcar o segundo. Só que, de tanto perder gols, o time foi castigado, aos 31. Depois do cruzamento da direita, o goleiro Caio, atabalhoado, saiu mal e a bola sobrou para Luiz Fernando nem sair do chão para cabecear e empatar a partida.

O jogo mudou de figura. O Botafogo, apático até então, ganhou força e foi pra cma. No lance seguinte ao gol, Caio, ao receber a bola na área, quase perdeu para Luiz Fernando. A pressão do time carioca seguiu intensa em busca da virada. Aos 33, depois da cobrança de escanteio, Marcelo Benevenuto cabeceou e mandou na trave.

Depois de alguns sustos, o Athletico voltou a fazer o goleiro Gatito Fernández trabalhar. A partida, na verdade, ficou aberta e com boas alternativas para os dois times. Mas o Furacão conseguia ser mais perigoso. Aos 41, Tomás Andrade cruzou da direita e por pouco Thonny Anderson não chegou para marcar o segundo ainda na etapa inicial.

O Rubro-Negro pareceu ter esquecido no vestiário o bom futebol apresentado nos primeiros 45 minutos. Assim, o Botafogo ganhou o meio de campo e passou a rondar a área do Furacão. Aos 13, a equipe carioca só não conseguiu a virada graças à boa defesa do goleiro Caio na tentativa de Luiz Fernando.

A entrada do atacante Lucas Campos na vaga de Rodrigo Pimpão deu mais poder de fogo ao Botafogo. A virada, então, quase veio aos 15 minutos. Na verdade o gol saiu, foi anotado pelo zagueiro Joel Carli, mas o árbitro Douglas Marques das Flores, depois de confirmar, acabou anulando o lance ao rever a jogada no VAR,, já que a bola bateu no braço do defensor botafoguense.

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Mas o Botafogo não desanimou. Diante de um Athletico recuado e sem força ofensiva, o time carioca seguiu criando boas chances de marcar. Aos 24, Caio saiu mal de novo e por pouco João Paulo não marcou. Só que a virada veio aos 31 e com o auxílio do VAR. Pedro Henrique cometeu pênalti em Lucas Campo, Douglas Marques das Flores não tinha marcado, mas depois de revisar o lance, marcou a penalidade. Diego Souza cobrou bem e colocou os botafoguenses em vantagem.

O gol desestabilizou de vez o Furacão. Mesmo com as entradas de Vitinho e Pedrinho, o time rubro-negro parou na marcação eficiente imposta pelo Botafogo. A equipe botafoguense, na verdade, tinha mais espaços para os contra-ataques e Luiz Fernando e Gustavo Bochecha por pouco não marcaram. Mesmo com uma postura mais agressiva nos minutos finais, o Rubro-Negro criou boas chances, chegou bem à área, mas esbarrou nas defesas de Gatito.

Nos acréscimos, um lance complicado. Madson foi derrubado por Carli na área, o árbitro chegou a consultar o VAR, mas não deu nada, resultado a derrota atleticana no Rio de Janeiro.

FICHA TÉCNICA

BRASILEIRÃO
1º Turno – 14ª Rodada

BOTAFOGO 2×1 ATHLETICO

Botafogo
Gatito Fernández; Marcinho, Joel Carli, Marcelo Benevenuto (Kanu) e Gilson; Gustavo Bochecha (Jean), Cícero e João Paulo; Rodrigo Pimpão (Lucas Campos), Luiz Fernando e Diego Souza.
Técnico: Eduardo Barroca

Athletico
Caio; Madson, Lucas Halter, Pedro Henrique e Abner Vinícius; Matheus Rossetto, Léo Cittadini (Pedrinho) e Lucho González (Erick); Tomás Andrade (Vitinho), Braian Romero e Thonny Anderson.
Técnico: Tiago Nunes

Local: Nílton Santos (Rio de Janeiro-RJ)
Árbitro: Douglas Marques das Flores (SP)
Assistentes: Alex Ang Ribeiro (SP) e Miguel Cataneo Ribeiro da Costa (SP)
VAR: Márcio Henrique de Góis (SP)
Gols: Thonny Anderson, 14, Luiz Fernando, 31 do 1º; Diego Souza, 31 do 2º
Cartões amarelos: João Paulo, Rodrigo Pimpão, Cícero (BOT); Léo Cittadini (CAP)
Público pagante: 6.696
Público total: 7.992
Renda: R$ 220.526,00