Ferveu o Caldeirão!

Classificação heroica do Athletico foi marcada por festa histórica na Arena da Baixada

Torcida faz a festa na Arena da Baixada. Foto: Jonathan Campos.

Uma noite que entra para a história sendo lembrada pelo ‘jogo em que o Athletico acreditou e buscou’. Nesta quarta-feira (04), na Arena da Baixada, o confronto diante do Grêmio trouxe mais de 90 minutos de muita emoção para os rubro-negros. Era a partida de volta da semifinal da Copa do Brasil e o Furacão tinha a difícil missão de reverter o placar de 2×0 que os gaúchos construíram na ida, em Porto Alegre. O resultado era difícil, mas não impossível e o Furacão despertou em seus torcedores um sentimento de que é preciso lutar e confiar. Diante de um público de 28.841 pessoas, o Rubro-Negro, com muita garra, venceu por 2×0 e tentou até os últimos minutos conquistar a vaga na finalíssima. Nos pênaltis, venceu e carimbou com mérito a vaga na final.

Horas antes de começar o duelo, os arredores do Joaquim Américo já estavam com uma intensa movimentação. Atleticanos que saíram mais cedo do trabalho para chegar com antecedência ao jogo que se iniciou 19h, ou até mesmo nem foram trabalhar tamanha a ansiedade para provar que o fator Arena poderia fazer toda a diferença. No melhor estilo ‘em casa a gente conversa’, os apaixonados pelo vermelho e preto contavam os minutos para a decisão.
Durante a semana que antecedeu o jogo, o técnico Tiago Nunes falou em entrevista coletiva sobre ‘ter fé’, ‘acreditar que coisas improváveis acontecem no futebol’. E foi assim, confiando de que nada é impossível, que o Furacão entrou em campo diante de um time muito experiente na competição e mostrou seu tamanho.

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A bola rolou e os nervos dos atleticanos ficaram ‘à flor da pele’ na expectativa de, o quanto antes, as redes balançarem e o placar necessário ser alcançado. Logo aos quatro minutos o VAR foi acionado para um possível pênalti para o Grêmio. O árbitro não assinalou a penalidade e o jogo seguiu. Os gaúchos, conhecidos como ‘copeiros’ profissionais, tentavam envolver o Athletico em sua ‘catimba’ e a cada atleta do tricolor que caía e demorava a retornar em campo, a torcida atleticana respondia cantando mais alto e pedindo bola em movimento. As arquibancadas da Arena da Baixada ganharam vida na busca pela tão sonhada vaga na final.

Aos 16 minutos, Nikão balançou as redes, diminuiu a diferença a ser alcançada e fez as arquibancadas ferverem. A esperança aumentou ainda mais. ‘Oh, pra cima Athleticoooo’, era o incentivo para que, em campo, o time não se entregasse. O segundo tempo mal começou e o torcedor atleticano explodiu de alegria. Aos 3 minutos Marco Ruben fez o segundo gol e gritos e cantos ensurdecedores tomaram conta das arquibancadas. O Rubro-Negro começou na desvantagem, mas tinha conseguido zerar os gols sofridos.

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Faltava um gol e a torcida jogou junto, empurrando os jogadores para buscarem o pouco que precisava para sacramentar a vitória. No tempo regulamentar o gol não veio, mas foi nos pênaltis que o Furacão se consagrou. Foi no grito, na raça e na pressão que o Athletico provou ser merecedor de estar na final da Copa do Brasil pela segunda vez em sua história. A festa foi imensa no gramado entre jogadores, comissão técnica e até membros da diretoria. O presidente do Conselho Administrativo, Mario Celso Petraglia, também festejou com os atletas. Agora, a busca pelo título será o grande desafio a ser enfrentado, mas que ninguém mais duvidará ser possível de alcançar.