Mudança total

Athletico campeão da Sul-Americana terá poucos remanescentes em 2020

Os 18 jogadores da finalíssima. Destes, Marcinho, Pablo, Felipe Alves, Renan Lodi, Bergson e Raphael Veiga não estão no Athletico. Marcelo já disse que não fica e Paulo André virou cartola. Foto: Lineu Filho

Santos; Jonathan, Thiago Heleno, Léo Pereira e Renan Lodi; Lucho González (Wellington), Bruno Guimarães e Raphael Veiga; Marcelo Cirino (Rony), Nikão (Marcinho) e Pablo (Bergson). Praticamente um ano depois do título da Copa Sul-Americana, aquele Athletico que levantou a taça na emocionante decisão com o Junior Barranquilla não existe mais. Dos 14 jogadores utilizados na partida da Arena da Baixada, apenas três podem ser considerados garantidos. Os outros vivem a expectativa de uma renovação (ou não), a possibilidade de deixar o clube ou nem estão mais em Curitiba.

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A final da Sul-Americana marcou o final da história rubro-negra de Pablo e Raphael Veiga. O centroavante teve seu melhor ano no clube, foi decisivo (inclusive marcando gols nas duas partidas contra o Junior) e acabou se transferindo para o São Paulo, uma negociação que interessava ao jogador e ao Athletico. Já Veiga gostaria até de ficar, mas foi requisitado por Luiz Felipe Scolari para voltar ao Palmeiras. Jogou menos do que imaginava tanto com Felipão quanto com Mano Menezes, e é um dos jogadores no radar do Furacão para a temporada 2020.

Mais gente foi saindo. Marcinho acabou sendo emprestado pelo São Bernardo para o Goiás e de lá para o Sport. Bergson, que foi vice-artilheiro do Campeonato Paranaense, não renovou e hoje defende o Ceará. E Renan Lodi continuou sua ascensão espetacular, brilhou no primeiro semestre e foi negociado com o Atlético de Madrid, na maior transferência da história do futebol paranaense. E passou a ser o principal representante local na seleção brasileira – foi titular na vitória sobre a Coreia do Sul, na última terça.

Renan Lodi está brilhando no Atlético de Madrid e na seleção brasileira. Foto: Lucas Figueiredo/CBF
Renan Lodi está brilhando no Atlético de Madrid e na seleção brasileira. Foto: Lucas Figueiredo/CBF

O caminho de Renan deve ser seguido por Bruno Guimarães. Nesta semana aumentaram muito os rumores da saída dele, também para o Atlético de Madrid. Representantes do volante do Athletico e da seleção olímpica estiveram na Espanha e há já uma prioridade de transferência do camisa 39 para o clube europeu. Bruno seria a principal referência do Furacão que entrará direto na fase de grupos da Libertadores do ano que vem, mas os mais de 30 milhões de euros (quase 140 milhões de reais) devem fazer o jogador sair já na janela internacional de janeiro.

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Marcelo Cirino já decidiu em parte a sua vida. Ele não fica no Rubro-Negro. Cotado no Vasco e no Corinthians, ele deve mesmo ir jogar na China, até por conta da proposta financeira mais interessante. Rony é outro que está com nome forte no mercado. Já esteve ligado a saídas para Corinthians, Flamengo e Internacional. E Léo Pereira está na mira de europeus, mas tem chances maiores de continuar no clube.

Com contratos em vigor, mas com possibilidade de deixarem o clube estão Jonathan e Thiago Heleno. O lateral-direito começou o ano como titular, mas perdeu espaço para Madson e Khellven nas partidas mais importantes da temporada. E isso pode levar a um acordo pela rescisão de contrato. O General, assim como Jonathan, tem contrato até o final de 2020 – mas, ao contrário do lateral, tem mais chances de permanecer. A situação é diferente da de Wellington, que também tem vínculio até dezembro do ano que vem, mas é capitão do time e segue firme no clube.

Bruno Guimarães pode sair, Lucho González ainda não renovou. Foto: Albari Rosa
Bruno Guimarães pode sair, Lucho González ainda não renovou. Foto: Albari Rosa

Já Lucho González precisa renovar o contrato. El Comandante tinha aberto a opção de encerrar a carreira, e na metade do ano falou em jogar mais uma temporada – ou no Furacão ou na Argentina. Caso ele realmente queira ficar, a diretoria rubro-negra deve assinar novo compromisso com o volante, muito querido por dirigentes e jogadores.

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Fechando a lista, os intocáveis Santos e Nikão. O goleiro vive a melhor fase da carreira, sendo chamado por Tite nas últimas duas convocações da seleção brasileira. Com seu estilo discreto, foi um dos personagens das conquistas da Sul-Americana e da Copa do Brasil, e não há o menor interesse do Athletico em perdê-lo. E o camisa 11 é um dos símbolos da arrancada rubro-negra nos últimos anos, e mesmo com assédio de clubes do Oriente Médio, decidiu continuar no clube. Eles certamente farão parte da espinha dorsal que o Furacão vai montar para a próxima temporada.