Ataque do Furacão está deixando a desejar

O setor defensivo do Atlético já mostrou que é uma das grandes forças do time, com a boa atuação de Weverton, Manoel e Cleberson, após a 20.ª rodada, se tornou dono da melhor defesa da Série B, em contrapartida, o ataque faz um caminho inverso e já preocupa. O Furacão tem os piores números dentre os dez primeiros colocados. Até mesmo o Paraná, que não vence uma partida a quatro rodadas já marcou mais que o time de Ricardo Drubscky. São 24 gols rubro-negros marcados até aqui, 1,2 gol por jogo. O Paraná, 11.º colocado já balançou as redes 27 vezes.

Os números do Furacão só não são piores pelas atuações de Paulo Baier. O meia de 37 anos é o artilheiro do time com 5 gols. Há menos tempo no elenco, Marcão foi apresentado no dia 2 de agosto, e em apenas quatro partidas já tem melhor o desempenho dentre os atacantes com 3 gols, dando mostras de que nesta temporada o time pode ter um atacante como artilheiro, coisa que não acontece desde 2007, quando Alex Mineiro foi o artilheiro do time no Brasileirão, com 9 gols. Nesta temporada, atacantes com números próximos a Marcão são Marcelo e Fernandão, ambos com dois gols cada um. Bruno Mineiro deixou duas vezes sua marca antes de trocar o Atlético pela Portuguesa.

Mas problemas no ataque não são novidade no Furacão. Ano passado o clube também amargou uma fase nada produtiva de seus homens de frente. O time teve o pior ataque do Brasileirão, falha que contribuiu para o rebaixamento. Marcou 38 vezes, média de um gol por rodada e cinco a menos que Bahia e Palmeiras, que vinham logo a sua frente, com 43 gols cada um.

Na disputa da Segundona, mesmo sendo um time que chega bastante, a pontaria atleticana ainda é muito falha. Baier também se destaca no item e é o maior finalizador com 18 chegadas. Mas ser ofensivo e pressionar o adversário não tem sido o suficiente. E o próprio empate de terça-feira com o Joinville em 1 x 1 é um bom exemplo disso. Mesmo com um jogador a mais e chegando mais vezes, o Furacão não teve competência no arremate. Só neste jogo, o time finalizou 21 vezes, contra apenas seis do rival.

Ricardo Drubscky já está de olho no problema, tem feito constantes treinamentos de finalização e quer mais resultados. “Estamos tendo o controle do jogo, o que é importante. Mas estamos pecando no quesito finalização. Vamos trabalhar para fazer os gols”, disse o treinador.