Ataque atleticano está prejudicando o time

Os gols perdidos pelo Atlético no empate por 0 x 0 com o Vasco, na quarta-feira, foram um retrato fiel do fraco poderio do ataque rubro-negro na atual edição do Campeonato Brasileiro.

Já são dois jogos sem que o setor ofensivo da equipe balance as redes. Como consequência, desde 2003, quando a competição passou a ser disputada por pontos corridos, o Furacão não tinha uma média tão baixa de gols.

Em 28 rodadas, e com 31 gols marcados, o time tem 1,1 gol por jogo, e é candidato a ter a pior estatística dos últimos anos. A média é equivalente à atingida em 2009, quando o time brigou para não ser rebaixado.

Agora, em 2010, o returno tem sido o grande vilão dos números do Furacão. Enquanto a equipe fez 23 gols na primeira fase (1,21 gol por jogo), nas nove partidas do returno a média é nada animadora: apenas 0,88 gol por confronto.

Coincidentemente, com a adoção do regulamento de pontos corridos, o Rubro-Negro foi despencando no número de gols, piorando suas estatísticas a cada ano. Em 2004, por exemplo, quando foi vice-campeão, o time tinha uma média de 2,02, melhor marca nessa “nova era” do futebol brasileiro.

Daí em diante, foi uma verdadeira queda livre. Em 2008 e 2009, duas temporadas em que o torcedor sofreu com o risco de rebaixamento, afastado do perigo no soar do gongo, foram os dois anos menos produtivos do ataque atleticano, com médias de 1,10 e 1,18 gols por jogo, respectivamente.

Neste ano, a situação segue o mesmo curso. O Atlético tem o menor número de gols marcados entre os dez primeiros colocados, ao lado do Palmeiras. Os atacantes da equipe são responsáveis diretos pela péssima estatística em gols-pró.

Maikon Leite e Bruno Mineiro estão devendo há algumas rodadas. Bruno não balança as redes há seis jogos. Já Maikon, emprestado pelo Santos, não sabe o que é fazer um gol desde o jogo com o Avaí, dia 5 de setembro, no fechamento do primeiro turno.

Os números do ataque só não são piores, porque os meias têm “substituído” os goleadores. Paulo Baier, Branquinho, Iván Gonzales e Guerrón asseguraram os bons resultados do time nas rodadas recentes. O quarteto ainda conta com a ajuda do zagueiro Rhodolfo, último jogador do Furacão a fazer um gol neste Brasileiro, dia 29 de setembro.