Atacante Morro Garcia vai à Justiça contra o Atlético

A relação entre o Atlético e o atacante Santiago “Morro” Garcia virou uma batalha judicial. O clube ingressou com uma ação na Justiça Comum para rescindir o contrato de direito de imagem firmado com o uruguaio. Na ação, impetrada na quinta-feira passada, a diretoria contesta o valor total de US$ 2,6 milhões (R$ 5,3 milhões) que deveriam ser pagos ao jogador em cinco anos.

A ação é uma resposta aos advogados do atacante que ingressaram na Justiça do Trabalho de Curitiba com um pedido de liminar para rescindir o contrato de trabalho de “Morro”, alegando que o jogador não vem recebendo as parcelas correspondentes aos direitos de imagem. Segundo o vice-presidente do Furacão, José Cid Campêlo Filho, a liminar não foi concedida. O clube alega já ter pago uma parcela de R$ 520 mil (R$ 1,061 milhão) de um total de cinco prestações anuais de direitos de imagem ao atleta, mas interrompeu o pagamento, após a posse da nova diretoria, em dezembro ano passado. “Entramos com a ação para rescindir o contrato porque entendemos que não podemos explorar a imagem do jogador, devido aos problemas (de doping) que ocorreram com ele no Uruguai”, disse Campêlo.

Além do contrato de imagem, o clube também questiona o 1,7 milhão de euros (R$ 4,2 milhões) reivindicados pelo Nacional do Uruguai. O Atlético já pagou US$ 2 milhões (R$ 4,054 milhões) ao clube uruguaio, por 50% dos direitos econômicos do jogador, mas não não reconhece o restante da dívida, por entender que ela corresponde à opção de compra dos outros 50%. “Entendemos que não temos obrigação de pagar estes 1,7 milhão de euros, pois não optamos pela compra do restante dos direitos”, alega Campêlo. Segundo o vice-presidente, esta questão será levada para julgamento na Fifa.

Em outra frente, o departamento juridico rubro-negro ainda estuda uma ação para rescindir o contrato de comissão aos empresários uruguaios que intermediaram a venda, no valor de US$ 1,8 milhão (R$ 3,6 milhões), quantia da qual já foram pagos US$ 1,2 milhão (R$ 2,45 milhões), segundo Campêlo. “Nós achamos um absurdo esta comissão, pois ela está completamente fora dos padrões do mercado. Normalmente paga-se 15% de comissão e eles receberam quase 90%”, disse o dirigente.