Aristizábal vai embora, mas quer ser campeão

Já se sabia, desde que Aristizábal chegou ao Coritiba, em janeiro, que esta seria a última temporada dele no futebol brasileiro. O atacante, que completa em dezembro 33 anos, não vive na Colômbia há dez anos, e vê que chegou o momento de se aproximar dos familiares. Mas, antes, ele quer levar o Coxa ao título brasileiro. “O sonho não pode acabar”, avisa.

O desejo do atacante é retomar sua ligação com a Colômbia. “A gente pensa muita coisa, e o que pode pensar agora pode pensar de outra maneira mais tarde. Mas, no momento, minha idéia é terminar esta temporada no Coritiba, buscar de qualquer maneira o título brasileiro, e depois jogar mais um ano na Colômbia e então parar”, confessa.

Por mais que o jogador de futebol se acostume com a ausência da família, Aristizábal já olha com carinho para a possibilidade de acompanhar o dia-a-dia de seus parentes mais próximos. “Às vezes, a gente fica com muita saudade da família, ainda mais com filhas que estão crescendo, não se consegue ver o crescimento delas”, explica.

Apesar de ter deixado seu país em 1994, Ari teve três passagens por clubes colombianos – duas vezes no Nacional de Medellín, clube da cidade natal do atacante e onde ele jogou nas categorias de base, e outra pelo Deportivo Cali. Além disso, o atacante jogou no Valencia, da Espanha, primeira equipe que defendeu longe da Colômbia.

Mas a ligação mais clara de Aristizábal é com o Brasil. “Eu tenho muita honra de ter passado todo este tempo por aqui. É emocionante fazer parte do melhor futebol do mundo. Não há nada igual”, afirma ele, que já atuou em cinco equipes no País: São Paulo, Santos, Vitória, Cruzeiro e agora o Coritiba. “O que me deixa feliz é que, em todos os lugares que vou jogar, eu percebo que os torcedores gostam de mim. Isso significa que eu fiz algo de positivo”, completa.

Só que Ari não quer nem pensar no final de sua passagem pelo Brasil. “Minha preocupação é com o Coritiba”, garante ele, que espera a recuperação da equipe logo no domingo, contra o Palmeiras. “O importante é que estamos sempre jogando melhor que os adversários nas últimas partidas. Se conseguirmos continuar a fazer isso e vencer os jogos em casa, tenho certeza que vamos disputar o título”, finaliza o atacante.

Vital quase fora e Rafinha confirmado

O técnico Antônio Lopes prometeu e cumpriu. Após avisar que daria uma “folga” aos titulares, ontem estes mal treinaram – após a tradicional reunião pós-jogo, eles foram para a piscina e logo liberados para mais uma tarde de folga. A partir de hoje, com todo mundo recuperado, o Delegado começa a preparar a equipe que enfrenta o Palmeiras no domingo.

Preocupado com o desgaste, Lopes usou a terça basicamente para conversar. “Nós estamos em um bom momento, e tivemos alguns problemas em Belo Horizonte. Todos sabem como corrigi-los”, diz o treinador coxa, que agora não dará mais descanso ao elenco. “Você precisa primeiro recuperar os atletas, mas depois tem que treinar. Sem trabalho, os jogadores não evoluem”, afirma.

O principal problema para a partida do final de semana é Reginaldo Vital, que sofreu uma contratura muscular na coxa direita. O jogador passou por uma ressonância magnética na tarde de ontem, e o resultado só sairá esta manhã. “Sem este resultado, não podemos fazer qualquer tipo de previsão”, afirma o médico alviverde William Yousef.

Já o lateral-direito Rafinha está liberado pelo departamento médico. Ele, que fraturou a mão há três semanas, vai retirar o gesso hoje, e se o local estiver recuperado não será necessária a colocação de uma tala – ele usaria somente uma atadura para proteger a mão. “Se o Rafinha estiver bem, com certeza vou pensar nele para o jogo”, confirma Antônio Lopes.

E ele pode acabar sendo a solução para o meio, caso Vital realmente não jogue. Antes de ir para a seleção sub-20 (e da lesão), Rafinha estava jogando como armador, com Jucemar atuando na lateral. Lopes não confirma, mas pode retomar essa formação contra o Palmeiras.

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