Rio – Já se passaram mais de 14 anos, mas a indignação do ex-técnico da seleção brasileira, Sebastião Lazaroni, não diminuiu. Ontem, ao saber que o próprio Carlos Bilardo, que era o treinador da Argentina na Copa do Mundo de 1990, confirmou ter misturado tranqüilizante à água oferecida aos jogadores do Brasil no jogo entre as duas equipes, pelas oitavas-de-final, Lazaroni demonstrou revolta.

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Na opinião do treinador, Bilardo e o massagista argentino Miguel di Lorenzo, que deu a Branco a garrafa com a bebida, deveriam ser punidos pela Fifa.

"Não importa se já fazem 14 anos ou 14 dias, deveria haver uma punição exemplar por parte da Fifa. E a Federação da Argentina deveria ser advertida", declarou Lazaroni.

Na ocasião, Branco denunciou que se sentira tonto após beber um gole d?água de uma garrafa que estava à beira do gramado, junto ao banco de reservas argentino. Esta semana, Bilardo reconheceu pela primeira vez a autoria do plano, em entrevista à revista Veintitres.

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Investigação

"Isso não é malandragem, é jogo sujo. Deram um ?Boa noite, Cinderela? na seleção brasileira", lamentou Lazaroni. O secretário-geral da CBF, Marco Antônio Teixeira, disse ontem que a entidade vai entrar com uma representação junto à Fifa pedindo investigação sobre o caso.

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Negativa

"Disso aí não sei de nada, não sei de nada… sempre digo isso. Não tenho idéia." Com estas palavras, o ex-técnico argentino Carlos Bilardo explicou ontem sua posição sobre o suposto doping. "Essas revistas sempre colocam o que elas querem no texto", atacou o técnico argentino.