Argentina vence e é campeã sul-americana de basquete

Campos – Em abril, o técnico da seleção masculina de basquete, Aluísio Ferreira, o Lula, frisou que melhorar a defesa da equipe era um dos seus principais objetivos no início da preparação à Olimpíada de 2008, em Pequim. E, ontem, justamente os rebotes defensivos foram os responsáveis pelo vice-campeonato da equipe no 41.º Sul-Americano, em Campos, na derrota para a Argentina, por 95 a 78. Sem vaga nos Jogos de Atenas, o Brasil segue para Córdoba, na Argentina, e disputa o Super Four, entre 21 e 23 de julho. Depois, viaja à Europa e participa dos Torneios Internacionais de Acrópolis, em Atenas, entre os dias 26 e 28 de julho; de Alicante, na Espanha, entre 2 e 4 de agosto, e de Reggio Calabria, na Itália, entre 6 e 8 de agosto.

“O nosso rebote defensivo foi o ponto de desequilíbrio. Mas nas circunstâncias que disputamos esta competição, acho o resultado satisfatório”, disse o técnico da seleção, lembrando que a equipe atuou sem seus principais jogadores – de clubes estrangeiros, não foram liberados por seus clubes. “Precisamos também melhorar nosso vigor físico. Isso é essencial nos dias de hoje e ainda estamos aquém das principais seleções internacionais.”

Durante a partida, o Brasil somente comandou o placar durante a metade do primeiro quarto, quando venceu por 11 a 10. Errando arremessos e perdendo os rebotes no garrafão, o time brasileiro foi cedendo a vantagem no placar aos argentinos que terminaram vencendo por 18 a 23. No segundo quarto, a Argentina chegou a abrir nove pontos, mas a seleção motivada pelos torcedores diminuiu a diferença no placar e perdeu o primeiro tempo por 37 a 40.

Nos dois últimos quartos, a Argentina aproveitou o desespero do Brasil para administrar a vantagem. A seleção chegou a empatar a partida, mas os argentinos fecharam o terceiro quarto vencendo por 66 a 58 e se sagraram campeões com 95 a 78.

“É um dia muito especial para nós. Vencer o Brasil em casa é muito bom, principalmente, por causa de nossa rivalidade”, disse o ala Herrnamm, eleito o melhor jogador do Sul-Americano e cestinha do confronto, com 37 pontos.

No ano passado, ele perdeu seus pais e a noiva, vítimas de um acidente de carro. “Apesar de tudo o que ocorreu, não me acho um guerreiro. Sou um jogador que entra em quadra e procura fazer o melhor.”

Além de Herrnamm, outros premiados na competição foram o ala brasileiro Marcelinho, a melhor assistência, o ala/armador Martinez, do Paraguai, o melhor reboteiro, além do ala/armador Mazzarino, do Uruguai: cestinha de três pontos e geral.

Na preliminar da final, a Venezuela venceu os uruguaios, por 76 a 74, e ficou com a terceira posição. Os quatro primeiros do Sul-Americano asseguraram uma vaga na Copa América de 2005, ainda sem local (classificatória ao Mundial de 2006, no Japão).

Ficha Técnica

Brasil: Marcelinho (13 pontos), Nezinho (12), Estevam (16), Renato (12) e André Bambu (16). Entraram: Dedé, Wanderson (4), Paulinho (5) e Michel. Técnico: Aluísio Ferreira. Argentina: Prigioni (2 pontos), Gonzalez (14), Delfino (17), Leonardo Martin (17) e Herrnamm (37). Entraram: Labaque (6), Pelussi (2) e Mazzaro. Técnico: Fernando Duro. Árbitros: Victor Garcia (COL) e Carlos Gomes (URU). Local: ginásio Campos.

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