Arena é a salvação para compensar vexames fora de casa

Sem muitas explicações sobre o que acontece com o time fora de casa, o Atlético volta hoje ao CT do Caju para recolher os cacos da derrota para o Criciúma e iniciar os trabalhos para as partidas contra a Ponte Preta, quarta-feira, e o Grêmio, sábado, ambas na Arena. A meta, é claro, é conseguir duas vitórias seguidas e voltar a subir na tabela do Campeonato Brasileiro, fazendo valer o efeito Caldeirão. É o consolo para quem vive uma gangorra na competição.

“O resultado é uma coisa, o desempenho do time é outra. Não faltou garra para ninguém, mas vamos engolir esse resultado e a melhor maneira para isso é ganhar quarta-feira da Ponte”, aponta o técnico Levir Culpi. Para ele, o time não vem sendo irregular no Brasileirão. “Para mim não importa se perde ou se ganha, eu quero é desempenho. Eu quero é jogar bem. Nesses dois jogos (Internacional e Criciúma) nós jogamos mal. Contra o Criciúma, não muito”, destaca.

Segundo Levir, o fato do time estar no bloco de cima da tabela mostra que o desempenho não é tão ruim assim. “Nós temos que ter tranqüilidade e saber separar. Claro que se o time perde fora de casa, tem que ganhar em casa”, diz. Mesmo assim, o treinador sabe que a Arena sozinha não será suficiente para superar a Macaca. “A Ponte Preta é um time que se fecha muito no sistema defensivo e vai exigir muito para deixar a gente vencer”.

Contra a Macaca, Levir deverá ter a volta do zagueiro Fabiano, poupado da partida em Criciúma devido a uma contratura muscular na coxa esquerda. A volta dele se torna quase imprescindível para colocar ordem na cozinha. Nos dois últimos jogos sem ele, o time tomou dez gols (contra Internacional e Tigre). Os demais jogadores estão à disposição do treinador.

Reforço

O Rubro-Negro deverá apresentar hoje o zagueiro boliviano Ronald Raldes. As negociações estão em curso e só falta os dirigentes confirmarem o acordo. Ele estava atuando no Rosario Central, além de ter defendido a seleção da Bolívia na Copa América. Além dele, o Furacão tenta a contratação do volante Amaral.

Uniforme é… branco geral

Toma lá, dá cá. Depois de aplicar seis no Juventude em casa e levar seis do Internacional, em Porto Alegre, o Atlético fez quatro no Fluminense, na Arena, durante a semana, e devolveu os gols, no sábado, para o Criciúma, em Santa Catarina. Vivendo uma gangorra no Campeonato Brasileiro, o Rubro-Negro voltou a jogar mal, tomou 4 a 1 do clube catarinense e perdeu a oportunidade de subir na tabela de classificação. Com o resultado, o Furacão caiu para a oitava posição. O próximo compromisso será a Ponte Preta, quarta-feira, na Baixada.

O maior temor do técnico Levir Culpi era não tomar gols nos primeiros 15 minutos para não desestabilizar sua equipe. Levou dois e a culpa nem poderia ser jogada no uniforme. O time atuou com a camisa rubro-negra, mas manteve o padrão de começar a partida dormindo, quando joga fora de casa. O Criciúma não quis nem saber e partiu para cima. Principalmente porque a pressão da torcida local era forte e o técnico Vágner Benazzi estava com a corda no pescoço. Mostrando mais disposição, os catarinenses abriram o placar no primeiro lance real de perigo. O meia Fernandinho, ex-Paraná Clube, cobrou falta, a defesa deixou a bola passar, mas Gilmar Lima não. De virada, ele fuzilou a goleira de Diego. Não demorou muito para sair o segundo. Desta vez, Athos, outro ex-paranista, lançou para Alex pegar de primeira.

O tricolor da Capital do Carvão ainda tentou com Reinaldo e Vágner Carioca antes do Furacão esboçar uma reação. Depois das tentativas de Pingo e Dagoberto, foi a vez de Marcão justificar sua escalação. O meia Jádson cobrou falta da direita na cabeça do ala-esquerdo, que fez seu primeiro gol no nacional. Os dois Fernandinhos ainda tiveram oportunidades e Marcão quase deixou tudo igual no finalzinho do primeiro tempo.

O gol reanimou o time atleticano e Levir tratou de puxar a orelha dos jogadores no intervalo. O time da Baixada voltou mais aceso e partiu para cima. Chegou até a marcar um gol, que seria de empate, mas a arbitragem anulou. Mesmo assim, continuou indo para cima, com Dagoberto sendo a principal referência na frente. No entanto, a defesa do Tigre esteve bem postada e não deixou o goleiro Fabiano correr perigo.

Do outro lado, a defesa rubro-negro iniciou um show de horrores na zaga. Levir sacou Ígor para colocar Ilan e já tomou gol. Marcos Dener, que estava há pouco tempo em campo, pegou uma bola na frente da área e fuzilou a meta de Diego. Perdendo por três, o time partiu com tudo para cima, mas a falta de pontaria e o nervosismo voltaram a imperar. Ilan perdeu na cara do gol, Jádson cobrou falta por cima. A bola não entrava.

Para piorar, o zagueiro Rogério Correia, que já vinha apresentando falhas, chutou uma bola em cima de Reinaldo. A bola encobriu o arqueiro Diego e decretou mais uma derrota vexatória do time no Brasileirão. Ao final da partida, técnico e jogadores voltaram a apontar a arbitragem como fator de complicação para mais um resultado negativo.

CAMPEONATO BRASILEIRO
Súmula
Local: Heriberto Hülse (Criciúma)
Árbitro: Álvaro Azeredo Quelhas (Fifa-MG)
Assistentes: Marcos Antônio Gomes (MG) e Hélberth Costa Andrade (MG)
Gol: Gilmar Lima aos 9, Alex aos 15 e Marcão aos 39 do 1.º tempo; Marcos Dener aos 20 e Reinaldo aos 41 do 2.º tempo
Cartão amarelo: Gilmar Lima, Geninho, Alex, Luciano Almeida, Paulo César
Renda: R$ 31.548,00
Público pagante: 4.254
Público total: 5.249

Criciúma 4 x 1 Atlético

Criciúma
Fabiano; Alex, Gilmar Lima, Luciano e Luciano Almeida; Cléber Gaúcho, Geninho, Fernandinho (Saulo) e Athos (Paulo César); Reinaldo e Vágner Carioca (Marcos Dener). Técnico: Vágner Benazzi

Atlético
Diego; Marinho, Rogério Correia e Ígor (Ilan); Pingo, Alan Bahia, Fernandinho, Jádson (Morais) e Marcão; Dagoberto e Washington. 

Técnico: Levir Culpi

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