Festa amarela

Arena da Baixada foi pintada de amarelo pelos equatorianos

“Salve oh Patria, mil veces! Oh Patria!”. Depois de uns vinte segundos apenas de música, o grito explodiu na Arena da Baixada. O “mar amarelo” tomou conta de Curitiba desde a quarta-feira e chegou ao auge no hino do Equador cantado a plenos pulmões pelos torcedores que vieram de seu país para a Copa do Mundo. Não tinha como dar outra – ontem, Curitiba viu a vitória equatoriana sobre Honduras por 2×1.

Triunfo construído nas ruas da cidade. Havia momentos em que se olhava para um amarelo sem fim e se ouvia espanhol. Chegando ao Joaquim Américo, só se viam aquelas caras pintadas e os moicanos tricolores. Eles só silenciaram quando Costly aproveitou uma falha grotesca da defesa e colocou Honduras na frente. Aí ouviu-se a festa da minoria na Arena.

Mas Enner Valencia empatou minutos depois, e aí foi uma festa. Até os jornalistas equatorianos, todos paramentados, pularam nas tribunas. O gol anulado de Bengston agitou o final do primeiro tempo, e transformou a etapa final em um drama.

Empurrados por mais de dez mil das 39.224 pessoas que estiveram na Baixada, o Equador partiu pra cima. Mas falhava demais, tropeçava nas próprias pernas. Só que o grito de “si, se puede” não podia ficar em vão. E Enner Valencia fez de cabeça o segundo dele, o da virada, o do mar amarelo na Arena. E os equatorianos festejaram na noite fria de Curitiba.