Árbitro pode salvar pele do Corinthians

Rio – Em caso de indiciamento, a súmula do árbitro Márcio Rezende de Freitas pode ser o principal trunfo do Corinthians para se livrar de uma rígida pena, por causa da invasão de torcedores ao campo, durante a goleada sofrida para o Atlético-PR, por 5 a 0, domingo, pelo Campeonato Brasileiro. No documento, que será enviado pelo departamento técnico da CBF hoje para o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), o juiz, além de ter dado pouco destaque ao tumulto em campo, considerou ?boas? as condições e instalações do estádio do Pacaembu, e classificou de ?muito bons? a segurança e o policiamento.

Por causa da invasão dos torcedores, inconformados com a péssima atuação do Corinthians, o clube pode ser denunciado em dois artigos do Código Brasileiro de Justiça Desportiva. O art. n.º 211 determina que o time deve ser apenado com a perda de mando de campo de um a três jogos, além de pagar uma multa entre R$ 5 mil e R$ 50 mil, quando não der a infra-estrutura necessária que assegure ?plena garantia e segurança? à realização do confronto. Já o art. n.º 213, deixar de tomar providências capazes de prevenir ou reprimir desordens em seu campo, estabelece a interdição do local, além de um pagamento entre R$ 50 mil e R$ 500 mil.

Na súmula, no campo destinado ao relato das condições e instalações do estádio, o árbitro escreveu apenas a palavra ?boas?. No item destinado à segurança e policiamento: ?muito bons?. E, ao relatar a ?conduta do público?, Rezende foi sucinto.

?Durante o 2.º tempo o gramado foi invadido por duas vezes por torcedores com a partida em andamento. Aos 62? e aos 80?. O comandante do policiamento – 1.º Ten. Edson Miguel está de posse dos nomes dos invasores, que são torcedores corintianos?, escreveu o juiz.

E, para Rezende, as invasões dos torcedores corintianos, apesar de terem paralisado a partida por duas vezes, não prejudicaram tanto o andamento da partida. Ao justificar os acréscimo na segunda etapa, disse ter dados dois minutos além do tempo regulamentar, por causa de substituições, que foram seis, e das invasões.

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