Arbitral garante Estadual com 15 clubes em 2009

Após quase seis horas de reunião, clubes e Federação Paranaense de Futebol (FPF) definiram o formato do campeonato estadual de 2009. Com a desistência do Adap Galo confirmada, o torneio terá 15 participantes. Os três últimos serão rebaixados para a divisão de acesso.

A fórmula do Paranaense 2009 já havia sido definida no pré-arbitral realizado no dia 11 de setembro. Na 1.ª fase, as 15 equipes jogam entre si, em turno único. Os oito melhores se classificam para a 2.ª fase e os três piores caem para a segundona estadual.

O primeiro colocado leva dois pontos extras para a etapa final e o vice, um ponto. A decisão do estadual será por pontos corridos. Os oito classificados se enfrentam novamente em turno único. Quem somar mais pontos fica com o título.

Apesar de aprovado por unanimidade no arbitral, o regulamento não deixou todos plenamente satisfeitos. “Ter um mata-mata, uma decisão, poderia ser mais atrativo. Mas o que determinará a qualidade do campeonato é a organização e a qualidade técnica”, pondera o presidente do Londrina, Peter Silva.

Para o presidente da FPF, Hélio Cury, prevaleceu a decisão da maioria. “Democracia é isso. Todos tiveram a oportunidade de falar, de colocar aquilo que sentem. No final chegamos a um denominador comum”, afirma.

Um a menos

A ausência da cidade de Maringá foi lamentada por todos os clubes. Mas a solução para a desistência do Adap Galo gerou certa polêmica. O Operário, de Ponta Grossa, pleiteou a vaga através de um ofício, por ter ficado em 3.º lugar na divisão de acesso deste ano. O pedido foi rejeitado.

Hélio Cury defendeu a realização do campeonato com apenas 15 clubes e sem o Fantasma. “Já era uma proposta da FPF e dos clubes enxugar o campeonato. A desistência não altera o regulamento e a lei de acesso e descenso foi preservada. Já estava previsto que subiriam apenas dois da divisão de acesso”, avalia.

Porém, já tem gente prevendo uma disputa no tapetão. “O Operário deveria ser incluído. Se fosse o Engenheiro Beltrão, com certeza iríamos buscar nosso direito na Justiça”, diz Luís Linhares, presidente do Engenheiro.

Maratona

A tarde foi cansativa para quem acompanhou as seis horas de arbitral. A votação do regulamento, artigo por artigo, foi o assunto que mais ocupou os representantes dos clubes.

Hélio Cury queria que o documento fosse votado integralmente, o que foi rejeitado. Decisão que se mostrou mais sensata, pois na hora de avaliar a regra item por item, várias modificações foram feitas.

Um dos pontos polêmicos era um artigo em que os clubes davam à FPF autonomia para negociar os direitos de transmissão do campeonato. O Atlético foi um dos que contestaram a medida, que foi suprimida.

Outro fato que chamou a atenção foi o abandono do Coritiba de parte do arbitral. O coordenador de futebol Paulo Jamelli, que representou o clube, deixou a reunião durante um intervalo e não retornou. A ata final ficou sem a chancela do clube mais antigo do Estado.