Após título do handebol, Alexandra já pensa em 2016

O título mundial conquistado neste domingo confirmou a seleção brasileira feminina de handebol como uma das potências mundiais na modalidade. Este status, no entanto, traz algumas responsabilidades e as jogadoras sabem que a pressão por novas conquistas também aumentará. Nos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016, por exemplo, a equipe entrará como uma das favoritas e a ponta Alexandra sabe disso.

“Vamos festejar hoje (domingo), mas depois pensar nesse objetivo (ouro olímpico). Para muitos é impossível, mas provamos que tudo é possível, com muito trabalho. Sabemos que temos três anos e da nossa responsabilidade, depois do Mundial todo mundo vai esperar o ouro na olimpíada. Precisamos evoluir porque as outras seleções também vão evoluir. Temos que continuar o trabalho para dar mais uma medalha para o Brasil em 2016”, disse, em entrevista ao SporTV.

Apesar de já pensar na Olimpíada, Alexandra admitiu que mal conseguiu digerir a conquista do Mundial ainda. “Eu to aqui com a medalha, falando de coração, parece não ter caído a ficha. Parece um sonho, essa é a verdade. É inacreditável, parece que estou em coma.”

O título histórico foi selado com uma emocionante vitória sobre a Sérvia, dona da casa, por 22 a 20. Mesmo diante de um ginásio lotado e muita pressão, as brasileiras mantiveram a calma e saíram vencedoras. Resultado que merece ser muito comemorado. “Dormir essa noite? Nem sei o que é isso, vamos comemorar a noite toda. E amanhã voltar para o Brasil para comemorar com a família”, apontou Alexandra.

Eleita a melhor jogadora do mundo em 2012, a ponta foi decisiva na partida deste domingo, ao marcar seis gols e conduzir a vitória brasileira. Apesar disso, ela fez questão de dividir os méritos pelo troféu, inclusive com ex-jogadoras, que, segundo ela, “começaram essa caminhada”. Além disso, a atleta exaltou a parceria da seleção com o Hypo Nö, clube austríaco que tem oito brasileiras no elenco, além do técnico Morten Soubak.

“Acho que é muito trabalho, não podemos esquecer que há 10, 15 anos atrás outras jogadoras começaram essa caminhada, sem desistir. Fizemos parte do começo dessa caminhada, continuamos, saímos do Brasil para buscar nossos sonhos. Estávamos um pouco escondidas no Brasil, íamos para o Mundial sem saber o que era uma Noruega, uma Dinamarca. Agora estamos jogando com elas e acredito que isso também ajudou”, avaliou.

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