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Após índice no Mundial, Daniel Dias vence final multiclasse dos 100m em São Paulo

Seis medalhistas paralímpicos de diferentes classes e graus de deficiência caíram juntos na piscina do Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, na manhã deste sábado, na final dos 100 metros livre no Open de Atletismo e Natação. Apesar de ter sido o último a bater na borda, Daniel Dias foi o nadador que obteve o melhor resultado na prova multiclasse, com o tempo 1min10s75 na categoria S5.

“Não é quem bate primeiro que necessariamente será o campeão, todos os nadadores competem contra eles mesmos. Em um esporte individual como a natação, a disputa assim fica mais individual ainda. Gostei dessa final e achei importante adotarmos esse sistema”, afirmou o maior medalhista da natação masculina paralímpica.

Para ele, o modelo é um atrativo a mais para o público. “Quem está assistindo acaba vendo vários nadadores com deficiências e classes diferentes. E essa em particular, com seis medalhistas dos Jogos do Rio, foi muito boa. É legal nadar em uma prova com atletas vitoriosos”, completou.

A segunda posição ficou com Phelipe Rodrigues (S10), com o tempo 52s81, seguido por André Brasil (S10), que cravou 53s23. Todos haviam garantido na véspera as vagas para o Mundial da Cidade do México, em setembro. Neste sábado, a delegação brasileira que vai à principal competição do ano ganhou o reforço de Felipe Caltran. Com o tempo 1min00s80, o atleta atingiu o índice A (1min01s01) nos 100 metros borboleta, da classe S14.

O Open é a primeira competição de Daniel Dias desde que brilhou nos Jogos Paralímpicos do Rio, no ano passado. E o recordista mundial está usando a disputa em São Paulo para avaliar as mudanças implementadas por sua comissão técnica para este ciclo. “Vou sentar com o biomecânico e com o treinador para a gente avaliar se eu consegui colocar em prática ou se faltou alguma coisa”, explica.

Mas ele se diz satisfeito por ter alcançado o primeiro objetivo traçado para a temporada. “Estou feliz com o índice. O objetivo era garantir a vaga para o Mundial para fazer um trabalho tranquilo. Fui até um pouco melhor do que tinha ido no Rio, agora é continuar esse trabalho que estamos evoluindo de uma maneira positiva para que a gente possa chegar forte no Mundial.”

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