Aos 18, filho de Hortência conquista ouro em Santiago

João Victor Marcari Oliva gosta de medalhas. Com seis meses de idade, colocou no peito uma olímpica de prata, da mãe Hortência, que ele acompanhou na inédita conquista da seleção brasileira feminina de basquete em Atleta. Aos 18, neste sábado, na sua estreia internacional como atleta brasileiro, garantiu ouro no adestramento por equipes nos Jogos Sul-Americanos, em Santiago (Chile).

Nascido em fevereiro de 1996, João Victor quase atrapalhou que a mãe fosse a Atlanta. Gerado um ano após o título mundial de 1994, o pequeno bebê acompanhou Hortência nos treinamentos no País, mas toda a logística para levá-lo aos Estados Unidos colocou em sério risco a participação da Rainha do Basquete na Olimpíada.

No fim das contas os dois foram. Ela, amamentando. Ele, como xodó da seleção que encantou o País. Naquela Olimpíada, Hortência começou mal, com 2 pontos contra o Japão, mas foi crescendo de rendimento. Somou 20 pontos em dois jogos, inclusive na semifinal, contra a Ucrânia, que garantiu a primeira final olímpica do basquete brasileiro. Na decisão, 111 x 87 para os EUA.

João Victor não lembra de nada disso. Filho do empresário José Victor Oliva, o garoto preferiu o cavalo às quadras. “Não tenho esse gosto pelo basquete, mas tenho pelo cavalo. Não sei explicar a razão, mas é assim. Eu tento ser focado como minha mãe, visto a camisa do Brasil com todo o orgulho e dou o meu máximo sempre”, disse, antes da competição.

Aos 18 anos, já é um dos melhores do Brasil no adestramento. Neste sábado, fez sua estreia como atleta de uma delegação brasileira e se deu bem. Montando Xamã dos Pinhais, obteve 67,665% de aproveitamento e ajudou a equipe brasileira a conquistar o ouro em Santiago.

Além dele, o time teve Pia Aragão, Leandro Silva e João Paulo dos Santos. Desses, só o conjunto de Leandro foi melhor que o filho da Rainha. Com o resultado, eles garantiram ao Brasil uma vaga nos Jogos Pan-Americano Toronto/2015. A conquista ainda marcou a estreia da belga Mariette Whitages como técnica da equipe brasileira.

“Minha mãe já passou várias dicas de como vai ser a competição, a pressão. Com certeza ela ficou muito orgulhosa com a minha classificação, falou com vários amigos dela e me parabenizou. Não sei se um dia vou chegar perto do que ela foi, mas vou tentar chegar a um lugar parecido”, comentou João, que já começa no rumo certo.

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