Ano de Fabinho, Márcio e Maurílio

Não há como negar: a dupla Márcio e Maurílio marcou o ponto alto da equipe neste ano. Há tempos o time não tinha um ataque tão entrosado, capaz de se equiparar – ou até mesmo superar – os inesquecíveis gols de Saulo e Adoílson. A dupla do passado (que também tinha o apoio de Maurílio, então recém promovido das categorias de base do Paraná) continua liderando a artilharia do clube. Saulo fez 104 e Adoílson 78.

Maurílio e Márcio balançaram as redes 41 vezes e o camisa 9 levou a vantagem de apenas um gol, terminando o ano como artilheiro do time (21). Já o capitão Maurílio fez 20, mas foi o artilheiro do Tricolor no Brasileirão, com 14 gols, superando a própria marca de Márcio, que fizera 11 no ano passado. A dupla escreveu seu nome na história do clube, que com os seus gols se manteve na primeira divisão nacional. Para tristeza dos torcedores, eles já não estão mais em Vila Capanema. Maurílio foi para a Arábia Saudita e Márcio negociado com o empresário Juan Figger.

Na seleção

Para dar um alento ao sofrido torcedor, o fim-de-ano reservou uma surpresa. Talvez para premiar o trabalho dos jogadores na luta pela permanência na primeira divisão, o lateral-esquerdo Fabinho foi convocado pelo técnico Ricardo Gomes para a seleção sub-23. Ele participa do Torneio de Catar, em janeiro, neste início de preparação do grupo que representará o País na disputa por uma vaga nos Jogos Olímpicos de Atenas. Esta é a segunda vez que o Paraná tem um jogador chamado para a seleção olímpica. Em 1999, Vanderlei Luxemburgo convocou o zagueiro Milton do Ó.

O ano sofrido revelou também outro vencedor. Ao encarar as dificuldades e aceitar os desafios, Caio Júnior terminou 2002 como o técnico de destaque do futebol paranaense. Sua participação – ao lado do auxiliar Omar Feitosa e dos demais integrantes da comissão técnica – foi decisiva para a permanência do clube na primeira divisão.

O “sufoco” acabou impulsionando a carreira do jovem treinador, contratado no início da temporada para comandar o time júnior e tinha pretensões de ser o técnico principal a médio prazo. Até pela experiência dos primeiros meses à frente a equipe sub-20, ele tem o perfil ideal para comandar o jovem grupo paranista, que conta com vinte jogadores formados no próprio clube.

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