Amigos e familiares do técnico paranaense Caio Júnior, uma das vítimas do acidente com o avião da Chapecoense, na Colômbia, na madruga desta terça-feira (29), estiveram desde as primeiras horas da manhã na casa do treinador, em Curitiba, para prestar solidariedade à sua família. Um deles foi o seu amigo e empresário Marcelo Lipatin, que contou da tristeza deste momento difícil e que entristeceu e deixou de luto todo o futebol brasileiro.

continua após a publicidade

“É uma dor profunda. Um choque muito grande, onde a ficha começa a cair nesse momento. Estou com o Matheus (filho) e a esposa, junto com alguns amigos na casa. A vida nos revela situações assim. Aquilo que cabe a nós é fazer o possível para confortar e minimizar a dor deles”, lamentou Lipatin, em entrevista à Rádio Transamérica.

Um dos filhos de Caio Júnior, Matheus Saroli, afirmou que sua mãe e seu irmão estão bem e pediu mais privacidade nesse momento de dor na sua conta pessoal em uma rede social. “Amigos, eu, meu irmão e minha mãe estamos bem. Precisamos de força. Peço que nos deem um pouco de privacidade, especialmente a minha mãe”, apontou Matheus, que quase embarcou junto no voo, mas não conseguiu por ter esquecido seu passaporte. “Eu estava em São Paulo hoje e não embarquei, pois tinha esquecido meu passaporte. Somos fortes, vamos passar por isso. Obrigado a todos”, continuou ele.

Marcelo Lipatin acompanhou a ascensão do técnico Caio Júnior no futebol brasileiro, a partir de 2006, quando levou o Paraná à Libertadores da América na disputa do Campeonato Brasileiro daquela temporada, até alcançar grandes resultados no futebol árabe. O seu empresário lembrou que a Chapecoense foi o clube escolhido para Caio Júnior retomar sua carreira no Brasil e a vaga conquistada na final da Copa Sul-Americana e o grande trabalho realizado pelo time do Oeste catarinense era fruto do trabalho realizado pelo treinador.

continua após a publicidade

“O Caio (Júnior) estava em momento de maturidade. Ele teve um início muito promissor nos clubes do Brasil e nos últimos anos estava no mundo árabe, com feitos muito bons. Dentro do planejamento que a gente tinha de carreira para ele, a gente entendia que a Chapecoense poderia ser a equipe para coloca-lo novamente em um nível desejado. E assim foi. Ele estava somente colhendo e usufruindo de tudo aquilo que ele fez para se tornar treinador”, concluiu Lipatin.