Ambiente no Goiás, não é bom

Fortaleza – Para quem precisa de um resultado positivo, o clima no Goiás anda mais quente que o normal. O adversário do Atlético nesta tarde viveu uma semana de tensão, que se agravou no último coletivo realizado pelo técnico Edinho. E, por incrível que possa parecer, o pivô da crise acabou sendo o veterano Evair, de volta à equipe depois de um ano no Coritiba.

O atacante chegou há um mês ao Goiás, depois de recuperar-se de uma tendinite no joelho direito (ver matéria). Edinho preferiu não o utilizar de início contra São Caetano e Flamengo. Mas, sabendo da experiência de Evair e do conhecimento que ele tem do Atlético, o técnico o colocou como titular no treino de quinta à tarde, o que irritou Finazzi, centroavante que acabou sacado do time.

A irritação de Finazzi incendiou o coletivo. Na primeira jogada, ele acertou deslealmente o zagueiro Fábio, que não se intimidou e revidou no lance seguinte. Logo depois eles dividiram uma jogada e trocaram impropérios, e se a turma do ?deixa-disso? não interviesse, o treino do Goiás terminaria em pancadaria.

Outra novidade (essa sem causar tamanho alarde) é o retorno de Zé Carlos à equipe. (CT)

Evair, mais uma vez contra o Atlético

Cristian Toledo

Fortaleza

– Olha ele aí de novo. Aquele jeito que os paranaenses já conhecem, a mesma categoria de sempre, agora defendendo o Goiás. Evair Aparecido Paulino, 37 anos, quase três meses longe do Coritiba, volta a enfrentar o Atlético, que ele aprendeu a conhecer como grande rival – apesar de tê-lo enfrentado apenas uma vez vestindo a camisa coxa. Alviverde como quase sempre foi (Cori, Guarani, Palmeiras duas vezes e pela segunda vez no Goiás), o atacante quer deixar sua marca hoje, e levar o seu time para as quartas-de-final da Copa dos Campeões.

Ele deixou o Alto da Glória sem saber quando iria voltar, pois garantira que só ia voltar a jogar depois que se recuperasse plenamente da tendinite. “Já estou melhor, mas ainda sem o preparo físico ideal”, confessa o jogador, que pode ser a surpresa do Goiás contra o Atlético. Se isso acontecer, ele fará sua segunda partida contra o Rubro-negro neste ano – na primeira, jogou mal e não evitou a derrota coxa no Joaquim Américo por 2 a 0. O retrato da má atuação de Evair naquela tarde foi o gol de Flávio Luís, que era seu marcador individual e conseguiu tempo para definir o jogo.

Foi um resultado que machucou não apenas o grande artilheiro, mas principalmente os torcedores coxas, porque não há dor maior que perder o clássico para o maior rival.

Cenas como essa não saem da cabeça de Evair. Apesar de levar o Coritiba a vitórias inimagináveis e às semifinais da Copa do Brasil e da Copa dos Campeões no ano passado, ele acha que não conseguiu fazer muito pelo clube. Por isso ele ainda se preocupa com o Cori, principalmente quando recebeu a notícia de mais problemas financeiros do clube. “O Coritiba não merece isso, porque é um clube grande, o maior do Paraná. Eu sei que a diretoria vai se esforçar, recuperar o clube e montar um bom time para o Brasileiro”, diz, como se ainda estivesse no Alto da Glória. Nessas horas fica claro que o “vou voltar” dito por ele na hora do adeus não foi da boca para fora.

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