Seis vitórias no ano, quatro delas seguidas, 15 pódios consecutivos, desde o GP da Turquia do ano passado, 84 pontos em 90 possíveis (93,3%), nenhuma ameaça no horizonte visível. Fernando Alonso pode até não ter colocado uma pá de cal sobre o Mundial de F-1 deste ano, com o triunfo de ontem no Canadá. Mas sua performance é tão sólida e previsível, que é inevitável lembrar dos campeonatos mais aborrecidos dos últimos tempos, os de 2002 e 2004, que tiveram um domínio absoluto da Ferrari e de Michael Schumacher.

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Aliás, é no alemão que se depositam as já parcas esperanças de alguma disputa pelo título. Graças ao sistema de pontuação atual, que dá ao vencedor de uma corrida apenas dois pontos mais do que ao segundo colocado, Schumacher ainda alimenta suas ilusões.

O ferrarista terminou a prova de Montreal em segundo, tendo ganho a posição de presente de Kimi Raikkonen na última volta. O finlandês foi, mais uma vez, vítima de azares inexplicáveis, como os dois pit stops demorados que o afastaram da disputa com Alonso pela ponta. No primeiro, uma roda enroscou. No segundo, o motor morreu.

Mesmo assim, Kimi estava em segundo até cometer um erro no ?cotovelo? da pista canadense. Pegou sujeira nos pneus, errou a curva e Schumacher passou. No pódio, ficou com cara de banana, mais uma vez. Alonso chegou à 14.ª vitória de sua carreira.

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Na corrida de ontem, o espanhol não correu o risco de perder a ponta em nenhum momento, apesar das duas entradas de safety-car (acidentes com Rosberg, primeiro, e Villeneuve, depois). As brigas se limitaram aos pelotões intermediários. Depois da turma do pódio, completaram a zona de pontos Fisichella (queimou a largada, perdeu a chance de pódio), Massa, Trulli, Heidfeld e Coulthard. Rubens Barrichello quebrou no início.