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Aliados de Leco veem problemas na gestão do São Paulo e pedem ajustes no estatuto

A reunião do Conselho Deliberativo do São Paulo na noite da última terça, no Morumbi, agitou o bastidor do clube neste meio de semana. Durante o encontro, o presidente do órgão, Marcelo Pupo Barboza, fez a leitura de um requerimento de três grupos da base de apoio ao mandatário tricolor, Carlos Augusto de Barros e Silva, que contesta algumas decisões da atual diretoria do clube.

Mais de 70 conselheiros, representados pelos grupos “Participação”, “Legião” e “Vanguarda”, pedem uma revisão de alguns aspectos do novo estatuto do São Paulo, que passou a valer no início do ano passado.

Para eles, há brechas que ainda permitem que cargos remunerados do clube sejam ocupados por parceiros políticos do presidente. Os conselheiros argumentam que querem profissionais de “notório saber” nas áreas para as quais são indicados ou contratados. As críticas abrangem cargos em todas as diretorias executivas do clube, com exceção do futebol, que tem Raí e Ricardo Rocha como comandantes há pouco tempo.

Não houve nenhum tipo de “rompimento” dos conselheiros com a diretoria de Leco. Na avaliação de membros desses grupos, a intenção também não é pedir a demissão de diretores executivos e gerentes já contratados, e sim evitar que novas indicações deste tipo sejam feitas daqui para frente.

Durante a reunião, os conselheiros ainda elegeram os cinco novos membros da comissão disciplinar do clube, órgão que recebe e investiga denúncias contra membros do próprio clube. Foram eleitos David Fuchs, Maurício de Sá, Luis Braga, Rodrigo Martinez e Adolfo Machado Neto.

O resultado agradou opositores de Leco, que dizem ter maioria no órgão. Adolfo e Martinez são ligados a grupos da situação, e Maurício e Fuchs, da oposição. Luis Braga é visto como neutro, mas integra um grupo liderado por um ex-aliado do presidente.

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