Nunca se questionou tanto a arbitragem brasileira como na atual temporada. A cada rodada, os erros se sucedem, interferindo diretamente na classificação do Brasileirão. Na Série B, o Paraná Clube se depara com grandes dificuldades quando o assunto é o apito. Mesmo com deslizes pontuais, o técnico Ricardinho vê esse momento de uma forma mais abrangente, citando os vários equívocos ocorridos também na Série A e até mesmo na Copa do Brasil.

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Internamente, os jogadores tricolores não escondem a frustração. “É claro que o assunto é para a diretoria. Mas é claro também que a gente fica muito chateado com o que aconteceu nos últimos jogos”, disse o zagueiro Anderson. “Nem culpo o árbitro, mas o segundo gol do Criciúma era um lance fácil, onde o assistente infelizmente errou”, completou. Zé Carlos, na origem da jogada, estava muito adiantado e o bandeira gaúcho Carlos Henrique Selbach tinha ainda a risca da grande área como referência.

Mas a revolta maior dos tricolores é com o acúmulo de erros em jogos recentes do Paraná, em especial nas partidas fora de casa. Falhas que interferem diretamente na classificação e que dariam uma configuração diferente à Série B, sem a vantagem que Criciúma e Vitória têm no momento. No jogo em Salvador, além de um pênalti claro não marcado sobre Lúcio Flávio (ainda no primeiro tempo) o árbitro capixaba Felipe Duarte Varejão e o assistente Fabiano da Silva Ramires (ES) não viram o impedimento claro do atacante Neto Baiano no quarto gol do time baiano.

Indo além, o Paraná Clube também não teve um pênalti marcado a seu favor no jogo contra o São Caetano, apitado pelo goiano Wilton Pereira Sampaio – que também prejudicou o Coritiba na final da Copa do Brasil, frente ao Palmeiras. Quatro erros que numa análise simplista representariam seis pontos a mais na tabela de classificação. Mais do que isso, como Criciúma, Vitória e São Caetano também deixariam de somar alguns pontos, a classificação “corrigida” da Série B seria bem diferente da atual.

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O Criciúma seguiria na liderança, mas com 27 pontos. Já o Paraná seria o 5.º colocado, com 24 pontos, deixando a competição ainda mais “embolada”. O Paraná acionou seu departamento jurídico e formalizou representação junto ao departamento de árbitros da Confederação Brasileira de Futebol. Na prática, resta apenas a torcida para que esses erros sejam minimizados e os jogos possam ser decididos apenas na bola.