Nesse momento conturbado pelo qual vive o Atlético, aglutinar forças de pessoas que possam realmente impulsionar a equipe a apresentar um futebol melhor é fundamental. É nessa esteira que dois jogadores que estiveram afastados podem se tornar peças-chave para o time no Brasileirão.
Um deles está há vários anos distante e ainda busca melhor ritmo para reestrear pelo rubro-negro. O outro não defende as cores desde a oitava rodada deste campeonato.
Apesar de os motivos de afastamento serem completamente diferentes, o lateral Alberto e o meia Netinho têm um objetivo em comum: ajudar o Atlético a reabilitar-se na competição.
Netinho está recuperado da lombalgia, inclusive passou por uma operação, e trabalha para recuperar o condicionamento físico após mais de dois meses parado. O último jogo foi em 29 de junho, no Atletiba. O jogador acredita na recuperação do time e afirma estar apto para contribuir.
“É uma situação difícil e ninguém quer voltar em uma situação como essa. Mas o grande homem tem que aparecer nessas ocasiões. E eu quero ajudar, seja como for. E principalmente nas bolas paradas, que fazem a diferença no jogo. Espero voltar com o pé calibrado e contribuir”, disse.
Já o outro reforço é um velho conhecido do torcedor e passou momentos de glória pelo Furacão na década passada, momentos que gostaria muito de revive-los. Após quase nove anos de futebol italiano, o lateral Alberto retornou ao Brasil nesta janela internacional e para o clube que tem muita admiração. O jogador já teve seu nome divulgado no Boletim Informativo Diário (BID) da CBF e apresenta condições legais de jogo.
Falta somente melhorar o condicionamento físico e ganhar ritmo de jogo. O lateral foi apresentado neste final de semana e espera contribuir com o clube já que seu contrato é válido até o final de 2009.
Atualmente ele é o único lateral-direito em disponibilidade no elenco. Alberto falou sobre seu retorno ao Atlético e a expectativa de voltar a jogar no clube que impulsionou sua carreira.
Volta ao clube e amor pelo Atlético.
Alberto – As pessoas mais próximas sabem que sempre declarei que minha intenção, quando voltasse para o Brasil, era jogar aqui. Estou realizando mais um sonho na minha carreira. Esse carinho pelo Atlético… nos primeiros anos de Itália eu não olhava nem nos jornais, porque batia uma saudade enorme (…) Eu estou aqui pra ajudar. Quero chegar ao final do campeonato, olhar para trás e falar que fui um jogador importante nesses 14 jogos que faltam. Então vou dar tudo de mim e ajudar o clube a sair dessa situação difícil que está vivendo agora.
Como será a adaptação para ser lateral no futebol brasileiro?
Alberto – Fiz pouquíssimas partidas como meia. Eu jogava na lateral, mas um pouco mais avançado porque no 4-4-2 italiano, eu jogava na frente do quarto jogador da defesa – o nosso lateral aqui (Brasil). Mas eu era o “Faixa”, lateral mesmo, porém com mais liberdade para atacar e menos obrigação de defender. Mas não mudei de posição, não. Joguei muito no 3-5-2 e também no 4-4-2, mais atrás. Então, acredito que não vou ter dificuldade (adaptação). Aliás é a posição que eu mais gosto, vir de trás para aproveitar a velocidade e para enxergar o jogo melhor.
Seu último jogo foi em maio. Como está fisicamente?
Alberto – Minha última partida foi em 19 de maio e fiquei de férias. Como estava com o passe livre tive a preocupação de treinar. Desde o início de julho, meu ex-preparador físico passou um programa de trabalho que faria na pré-temporada na Itália. Então fiz um trabalho organizado e comecei a treinar esperando que pude,sse vir alguma proposta do futebol brasileiro. Porque sabia que o campeonato aqui estaria em andamento e eu não poderia estar parado. Cheguei no meu peso e nessa questão física não estou a zero. Lógico que estou vindo de um período sem bola, sem ritmo de jogo. Então somente no decorrer dos jogos e que vou poder estar à disposição do Geninho.