O desentendimento entre os jogadores de Camarões e a federação de futebol do país ainda não foi resolvido, mas o elenco convocado para disputar a Copa do Mundo decidiu viajar ao Brasil ainda neste domingo. Quem garante é Raphael Nkoa, porta-voz da seleção africana, que será a última adversária da equipe comandada pelo técnico Luiz Felipe Scolari na primeira fase do Mundial, em 23 de junho, no Mané Garrincha, em Brasília.

continua após a publicidade

“Ainda há um certo número de questões a serem resolvidas”, disse Nkoa. Os atletas deveriam ter partido da capital do país, Yaoundé, na manhã deste domingo (no horário camaronês), mas se recusaram a viajar porque não chegaram a um acordo com a federação quanto à premiação para disputa do Mundial. Os líderes das negociações são o atacante Samuel Eto’o e o meio-campista Alexander Song.

No final de maio, os jogadores ameaçaram entrar em greve, mas, naquele momento, aparentemente, chegaram a um acordo com a federação. A seleção disputou três amistosos de preparação para o Mundial depois do episódio, o último em Yaoundé – vitória no sábado sobre a Moldávia, por 1 a 0 -, mas os atletas não foram ao evento de despedida de Camarões com o primeiro-ministro Philémon Yang. A questão é recorrente no país, porque o mesmo tipo de impasse aconteceu antes das edições de 2002 e 2010 da Copa.

Agora, além do valor a ser dividido entre os membros do elenco, a exigência é de que o depósito seja feito antes da estreia camaronesa na Copa, marcada para o dia 13, contra o México, na Arena das Dunas, em Natal. A federação propõe que, do dinheiro que a Fifa pagará a ela por jogar a Copa, 6% seria repassado ao elenco após participação na primeira fase, 20% em caso de classificação para as oitavas de final, 30% para as quartas, 40% para a semifinal e 50% para a final.

continua após a publicidade