O presidente do São Paulo, Carlos Miguel Aidar, se reuniu durante duas horas nesta quinta-feira com ex-presidentes e conselheiros do clube para comunicar que não vai renunciar ao cargo. A constituição de uma nova diretoria e os resultados dentro de campo são as apostas do dirigente para contornar a crise política e ganhar fôlego para se manter no cargo que ocupa desde abril de 2014.

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O encontro foi organizado por dois conselheiros amigos de Aidar, Ives Gandra Martins e Antonio Claudio Mariz de Oliveira. Cinco ex-presidentes do clube foram convidados a participar e ouviram do atual mandatário a vontade de permanecer. “Ele abriu a reunião dizendo que não vai renunciar e apresentou um plano de reconstituição da diretoria. A expectativa é que os resultados no time possam ajudar de alguma maneira nesse plano”, disse José Eduardo Mesquita Pimenta, presidente entre 1990 e 1994.

Segundo Pimenta, Aidar demonstrou confiança e está otimista para remontar a cúpula destituída na última terça-feira, quando seis dos seis vice-presidentes e mais de 20 diretores pediram demissão coletiva. “O presidente tem agora mais liberdade de recomposição da diretoria, sem as amarras do grupo que o apoio e o elegeu. Ele está com uma expectativa boa”, contou.

Uma das motivações do encontro era para oferecer aos ex-presidentes cargos na diretoria, algo que Aidar descartou. Os antigos dirigentes prometem acompanhar os novos atos da gestão, porém não pretendem participar ativamente dos planos de reestruturação.

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Aidar aposta que os resultados positivos no futebol podem esfriar a agitação política do clube. O São Paulo apresentou nesta quinta-feira de manhã o técnico Doriva e na próxima semana volta a disputar vaga no G4 pelo Campeonato Brasileiro. No fim do mês, decide vaga na final da Copa do Brasil contra o Santos.