O técnico Adilson Batista está voltado para a estreia do Atlético no Campeonato Brasileiro, sábado que vem, contra o Atlético-MG, e tem cobrado a diretoria para que reforce o elenco, a fim de não ter de brigar contra o rebaixamento para a Série B.

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Mesmo que consiga trazer os jogadores que acha necessário para deixar o time competitivo, Adilson terá ainda um outro desafio para encarar. Há 11 anos, um treinador não consegue iniciar e terminar o Brasileiro no comando do Rubro-Negro.

Oswaldo Alvarez, o Vadão, foi o último a obter a façanha, no Brasileiro de 1999. Em 2004, Levir Culpi quase repetiu o feito, chegou para dirigir o time na quarta rodada, depois de Julio Piza e Lio Evaristo ficarem como interinos nos três jogos iniciais. Levir se manteve nos 43 jogos que restavam e levou o Atlético ao vice-campeonato, melhor campanha depois do título de 2001.

Mas de 1999 para cá, foram 35 treinadores, contando interinos, com o ano de 2008 sendo o de maior rotatividade. Cinco comandantes passaram pelo clube, começando com Ney Franco, tendo na sequência Roberto Fernandes, Tico (interino), Mário Sérgio e fechando com Geninho.

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Em 2001, ano mais importante da história atleticana, com a conquista do Brasileiro, foi a temporada que menos teve troca de comando. O campeonato começou com Mário Sérgio no comando e Geninho assumiu em seguida, para ser campeão.

Em 2003, a situação se repetiu e Vadão e Mário Sérgio participaram daquele Nacional, mas a campanha não teve o mesmo sucesso: o Atlético foi o 12º colocado.

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A dupla também foi a que mais esteve no comando atleticano na Série A: três passagens para cada um, assim como também aconteceu com Geninho e Antônio Lopes.

Recentemente, a realidade ficou ainda mais difícil para os treinadores que aceitaram dirigir o Furacão. Por isso, o desafio de Adilson se torna ainda maior pelo histórico recente.

Desde 2007, nenhum dos comandantes conseguiu passar da quinta rodada. Ney Franco, em 2008, ficou apenas dois jogos. Vadão, Geninho e Leandro Niehues ainda conseguiram se segurar três rodadas a mais que o colega mineiro.

Coincidência ou não, nesses 11 anos de alta rotatividade de comando, o Furacão amargou mais temporadas ruins que de sucesso. Em sete delas sequer ficou entre os 10 melhores.