Acredite. Portuguesa paga todas as suas dívidas

São Paulo (AE) – Dia 6 de janeiro de 2002, Joaquim Alves Heleno assumiu a presidência da Portuguesa com um déficit de R$ 13 milhões, incluindo salários atrasados de jogadores, R$ 3 milhões, e a consultoria de José Carlos Brunoro, R$ 280 mil. O dirigente se reuniu com os atletas e prometeu acertar as dívidas da gestão anterior. Ontem, passados sete meses, o presidente comemorou: o clube volta a contar com dinheiro em caixa. Recebeu, da parceria com o Banco Mercantil de São Paulo, carta de crédito de R$ 3 milhões, que servirá de caução para a folha de pagamento do segundo semestre, avaliada em R$ 500 mil mensais, distribuídos entre os 375 funcionários, incluindo os atletas.

“Assumimos o clube num momento difícil e, em sete meses, resolvemos o problema”, disse Heleno, orgulhoso. “E hoje, podemos comemorar, pois somos um dos únicos clubes do País sem dívidas”, concluiu.

Para estabilizar as finanças da Lusa, o presidente tomou medidas drásticas. A primeira foi dispensar 18 atletas em abril, o que resultou em uma economia de R$ 700 mil por mês. O parcelamento foi a forma encontrada para fazer o acerto com os jogadores e com Brunoro, que receberá em 10 vezes. Evandro e Élson, credores das dívidas mais altas, aceitaram receber em 18 meses. O único caso pendente é o do zagueiro Emerson, que preferiu entrar na Justiça para reivindicar R$ 4, 3 milhões. De acordo com Heleno, a dívida é de R$ 450 mil.

A folha de pagamento caiu de R$ 1,2 milhão para R$ 500 mil por mês. Boa parte destes R$ 500 mil, ou exatos 50%, virão do novo patrocinador da camisa, segredo guardado a sete chaves por Heleno. “Estamos acertando um patrocínio de R$ 250 mil por mês.” O contrato anterior, com a Schincariol, era de R$ 115 mil por mês.

Voltar ao topo