Acordo reduz carga horária dos operários do Itaquerão

Após o acidente que matou dois operários no Itaquerão, a Odebrecht e o Ministério do Trabalho assinaram um acordo na tarde desta quinta-feira que proíbe que operadores de guindaste façam horas extras. Outros funcionários só excederão o número de horas com programação prévia.

O objetivo é reduzir a carga horária de todos os operários. Para não comprometer o andamento das obras, a construtora se comprometeu a contratar 80 novos funcionários até o dia 28 de janeiro. A Odebrecht ainda espera recomeçar as obras na área que estava interditada no prédio leste, onde aconteceu o acidente no dia 27 de novembro.

O Ministério do Trabalho também liberou a retirada do guindaste envolvido no acidente, embora a área que foi afetada e que corresponde a 5% da obra ainda esteja interditada pela Defesa Cívil.

O Itaquerão será palco da abertura da Copa do Mundo dia 12 de junho na partida entre Brasil e Croácia. O estádio do Corinthians deveria ter ficado pronto este mês. Mas o acidente que destruiu parte da área externa e matou dois operários atrasou o cronograma das obras.

O acidente aconteceu quando o operador de guindaste içava uma peça de quase meia tonelada. A estrutura metálica e o guindaste tombaram, afetando parte do prédio leste. O operador do guindaste, José Walter Joaquim, estava há 18 dias sem folga, de acordo com o Ministério do Trabalho. A Odebrecht nega, diz que o operário folgou um domingo anterior ao acidente.

Além disso, segundo a construtora, o operário esteve na obra em todos esses dias, mas aguardava autorização para operar o guindaste. A causa do acidente ainda não foi descoberta.

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