“A torcida é o 12° jogador e até hoje comparece e motiva”, diz Édson

Para disputar a temporada de 1984, o presidente do Coritiba, Evangelino da Costa Neves, trouxe reforços para Alviverde. Na época, entre os contratados estava Édson Gonzaga Alves Filho, ponta-esquerda vindo do Colorado, ao qual foi emprestado pelo Flamengo. Mas os esforços do Coxa só surtiriam efeito no ano seguinte, quando o Coritiba conquistou o Brasileirão.

Aquele time sofreu muitas mudanças, até chegar à escalação que levaria ao Alto da Glória o título nacional. Alguns jogadores foram dispensados e outros foram para o banco de reservas. Embora o time não tivesse nenhum grande destaque, Lela passava por uma boa fase.

A entrada e saída de atletas geraram algumas desavenças dentro do time. Quando o goleiro Rafael passou e integrar a equipe, o próximo adversário que o time alviverde enfrentaria seria o Vasco da Gama. Naquele jogo, o Coritiba perdeu para o clube carioca, fazendo com que alguns coxas-brancas investissem, verbalmente, contra o goleiro. Entre os que “encabeçavam” a guerra contra Rafael estava Édson, que depois seria um grande amigo do defensor do gol alviverde.

Édson, que hoje trabalha no Bahia, foi o terceiro a cobrar os pênaltis que dariam o título ao Coxa. “Perder aquele pênalti traria tristeza para todo o estado, pois torcedores dos outros times também torciam pelo Coritiba, naquela ocasião”, afirmou.

Para o ponta-esquerda, as vitórias alcançadas pelo Verdão se devem à participação da torcida. “Eles são, realmente, o 12° jogador e até hoje comparecem e motivam”, agradeceu. Entre elas, está a memorável vitória sobre o Atlético-MG, no Couto Pereira.

A importância do ex-jogador do Colorado na história do Coritiba é acentuada nas comemorações dos 100 anos, em que o título de 1985 é relembrado e revisitado pelas novas gerações de torcedores.

Projeto realizado em parceria com alunos da Faculdades Eseei.