A realidade é dura: Paraná tem que “vencer ou vencer”

O Paraná Clube trabalha com um déficit de seis pontos. O meia Lúcio Flávio revelou essa matemática, que deixa o time de Ricardinho sob pressão. A única saída é vencer o clássico – sábado, às 16h, no Durival Britto – frente ao Atlético e, assim, renovar o fôlego para a largada do returno, que já acontece na terça-feira. Na busca pelos três pontos, o Tricolor aposta no bom retrospecto em casa, onde só perdeu uma vez.

“Nosso problema está no comportamento da equipe fora de casa. Na Vila Capanema, está tudo bem”, assegura o armador Lúcio Flávio. O desempenho de 74,1% sustenta o discurso do camisa 10. Como mandante, o Paraná venceu seis vezes, empatou duas e só perdeu para o América-MG, no início da competição. “Nós precisamos de regularidade. Caso consigamos manter a mesma postura fora de casa, temos tudo para fazer um grande segundo turno, pois o time já provou sua qualidade”.

Numa projeção simplista, o Tricolor teria que vencer doze dos vinte jogos que tem pela frente. Assim, atingiria marca próxima aos 62, 63 pontos. “Não adianta ficar fazendo projeções. Temos é que produzir bom futebol e, é claro, marcar gols”, disse Lúcio Flávio. Para o apoiador -autor do gol do empate frente ao ASA – a cobrança recai sobre o setor ofensivo por conta dos últimos resultados. “Fizemos, recentemente, 4×0 no CRB. Ali, ninguém questionou o nosso poder de fogo”, lembrou.

“Num campeonato por pontos corridos você tem que ser equilibrado. Não adianta fazer quatro, cinco gols e depois ficar alguns jogos sem marcar. Temos que vencer, não importa se por 1×0, para chegar ao menos numa pontuação razoável para o 1.º turno”, disse Lúcio Flávio. A recuperação imediata é considerada imprescindível pelo jogador. “Dois times abriram uma grande vantagem (Vitória e Criciúma). Assim, é fundamental vencer o clássico e, aí sim, projetar uma sequência de maior regularidade para encostarmos no G4”.

Para Lúcio Flávio, no segundo turno a disputa será muito acirrada, com oito, nove clubes brigando por apenas duas vagas. “Não creio que Criciúma e Vitória venham a cair de produção a ponto de serem ameaçados. Por isso, temos que trabalhar mirando aqueles clubes que estão à nossa frente, subindo um degrau de cada vez”. Uma vitória sobre o Atlético, sábado, pode valer ao Paraná a 9.ª colocação, caso América-RN e Ceará não vençam.