A imponente casa da seleção na Alemanha

Königstein, Alemanha – Sombra, água fresca (mineral, de um filete que desce da montanha e corta caprichosamente o terreno), conforto e muita tranqüilidade. Se depender de mordomia, o Brasil vai passar fácil por Croácia e Austrália, os dois primeiros rivais no  mundial.

A seleção ficará concentrada para os dois jogos no luxuoso Kempinski Falkenstein, na pequenina e agradável Königstein, a 20 quilômetros de Frankfurt – que pode ser avistada do terraço do hotel. Serão 12 dias, de 5 a 16 de junho, no local. Antes, de 22 de maio a 4 de junho, a preparação será em Weggis, na Suíça.

O Kempinski é um complexo de oito prédios, interligados por túneis subterrâneos, construídos em um terreno de seis hectares, com 105 apartamentos. Nesta época do ano, há muita neve, temperaturas baixíssimas (menos na piscina aquecida a 29º C, que fica ao lado do casarão principal) e um ou outro hóspede corajoso que se arriscou a caminhar pelos escorregadios jardins. Clima bem diferente do que Ronaldinho Gaúcho, Ronaldo, Kaká e companhia encontrarão em pleno verão alemão.

Os apartamentos são espaçosos – os jogadores ficarão em quartos individuais. Todos têm pelo menos quatro quadros de pintores alemães, retratando cenas bucólicas. As camas são amplas e macias e, na hora de assistir TV, é possível escolher entre 39 canais. Entre eles, 2 de esportes, 2 italianos, 1 francês, a Al Jazeera e até uma emissora polonesa. Há acesso digital à internet e poltrona para leitura.

O luxo do hotel – que já recebeu personalidades como a cantora Madonna – pode ser observado nos corredores, de mármore e granito, e nos móveis, de estilo clássico. Há também um piano de cauda, encomenda do imperador Guilherme II.

O lazer do Kempinski não oferece muita diversidade. Além do espaço para caminhadas, há a piscina e um spa – com sauna, piscina e massagens, e variadas opções de tratamento. O hotel também programa partidas de golfe em local próximo. A CBF vai amenizar o problema instalando uma sala de jogos no prédio onde fica o fitness center.

Os treinos da seleção ocorrerão no campo do Sportsplatz, a cinco minutos do hotel. A pé. Os exercícios físicos mais puxados serão realizados na academia do Kempinski, que tem equipamentos supermodernos.

Como sempre faz nas competições longas, a CBF levará seus cozinheiros ao Kempinski. Eles instruirão os funcionários do hotel na preparação das refeições dos jogadores, seguindo cardápio elaborado pela nutricionista da seleção. Para os atletas, uma pena: não poderão desfrutar dos prazeres do restaurante Siesmayer, comandado pelo premiado chef Olivier Heberlein, como um peixe feito no vinho, acompanhado por batatas cozidas.

Muitos jogadores também lamentarão não poderem bebericar algumas das 150 marcas de uísque ou das 500 opções de drinques do Bistrô Rafael, um salão agradável, com lareira e figuras de anjos pintadas no teto.

Cyrus Heydarian, o gerente do hotel, se definiu como ?feliz? por receber a seleção mais vencedora da história. "Vamos fazer de tudo para que os brasileiros se sintam bem e sejam atendidos em todas as suas necessidades.? Uma das providências tomadas foi colocar alguns funcionários do Kempinski em um curso rápido de português.

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