A bola rola em 2003 no campeonato paranaense

A rivalidade está colocada à prova mais uma vez. O Paranaense 2003 começa hoje com algumas motivações. A primeira é justamente a do atual campeão – o Atlético entra em campo contra o União Bandeirante, às 16h, para dar seqüência a sua hegemonia, que vem de quatro títulos nos últimos cinco anos, se contarmos o título brasileiro de 2001. O Atlético e o “jejum? são os alvos das outros 15 equipes. Apesar disso, há mais problemas que alegrias.

E quem estiver hoje no Joaquim Américo vai encontrar um time bastante diferente daquele que encantou o Brasil. O técnico Heriberto da Cunha conta com apenas quatro titulares campeões brasileiros: Alessandro, Rogério Correa, Cocito e Adriano -Kléberson continua em negociação. Dessa forma, jovens como o goleiro Cléber e o atacante Jadílson são as novidades do Atlético.

A única equipe a quebrar o serviço rubro-negro nos últimos anos foi o Coritiba, em 99. E é o Alviverde que inicia o campeonato como favorito. A diretoria conseguiu manter a base do ano passado, assim como a comissão técnica que trabalha junto desde maio de 2002. A contratação dos atacantes Marco Brito e Edu Sales animou o técnico Paulo Bonamigo, que não esconde o desejo de vencer o Paranaense. “Acho que é o momento do Coritiba buscar o título”, diz Bonamigo.

O outro postulante em potencial é o Paraná, que passou pela sua “pior temporada” em 2002, nas palavras do técnico Caio Júnior. Sem dinheiro para investir e lutando contra o rebaixamento no Brasileiro, os tricolores sofreram nos últimos meses, mas a equipe formada para o estadual dá sinais de evolução. Os reforços de Marquinhos e Dauri, somados aos retornos de Ageu e Fernando Miguel, dão ao Tricolor a experiência que faltava ao elenco.

Entre os times do interior, o maior destaque fica para o Iraty, que entra no Paranaense com a base do título de juniores em 2002. Londrina e Portuguesa Londrinense lutam contra os problemas de sempre (falta de dinheiro, de apoio e de qualidade) para fazer boas campanhas. E Malutrom, Paranavaí, União, Prudentópolis, Rio Branco, Cascavel e Francisco Beltrão vão tentar fazer algo mais que figuração.

Mas a cara do paranaense é a dos times ?itinerantes?. O Roma fez toda a sua pré-temporada em Barueri (SP) – onde tem uma sede -, e só chegou a Apucarana no início da semana. O Grêmio Maringá ?herda? uma estrutura usada em Toledo, sem sucesso algum. E o ADAP ?adquiriu? a vaga do Ponta Grossa para jogar em Campo Mourão. Mas como o estádio Roberto Brzezinski não tem iluminação artificial, a equipe pode jogar em Goioerê. Entendeu? Se sim, bom campeonato. Se não, boa sorte.

Fórmula com quatro fases

O campeonato paranaense terá uma fase preliminar com dois grupos de oito equipes, e os confrontos acontecem entre os grupos. Classificam-se as oito melhores campanhas (sem distinção de grupo), que passam para a fase eliminatória. As quartas-de-final serão disputadas em apenas uma partida, e haverá jogos de ida e volta nas semifinais e na final. A competição termina em 23 de março. A RPC (que detém os direitos de transmissão) ainda não confirmou se transmite a competição.

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