Mais de 455 mil passageiros circulam diariamente pelos ônibus do Sistema de Transporte Coletivo Metropolitano, que ligam Curitiba aos […]
Mais de 455 mil passageiros circulam diariamente pelos ônibus do Sistema de Transporte Coletivo Metropolitano, que ligam Curitiba aos municípios da região. Dentro deste universo, não é difícil encontrar histórias divertidas, de amizade e até mesmo de relacionamentos amorosos que nasceram dentro do ônibus, como é caso de Daniel e Jéssica, Márcia e Marcos e Barbahra e Fábio. Não foi Facebook nem Tinder: o casamenteiro foi o “busão”.
Empurrãozinho do destino
Foi com um convite para assistir ao jogo entre Coritiba e Paranavaí pelo Campeonato Paranaense que Daniel Matheus Cambri, de 24 anos, puxou assunto com Jéssica Aline Padilha, de 24 anos, dentro de um ônibus que tomaram no Terminal do Portão, em Curitiba. O fato aconteceu no dia 23 de janeiro de 2013 e fez nascer um relacionamento que está prestes a completar seis anos.
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Jéssica morava na época na cidade de Araucária, na Região Metropolitana, e trabalhava em Curitiba. Torcedora fiel do Coxa, ela costumava esticar a sua permanência na capital às quartas-feiras para ir até o Couto Pereira assistir aos jogos de seu time do coração. No caminho, dentro do ônibus, foi que conheceu Daniel. “Ele, que também seguia para o Couto, perguntou se eu queria companhia. Eu, porém, fui ao jogo sem o Daniel. Na saída do estádio, já no ponto de ônibus, nos encontramos novamente”, lembra Jéssica. Em meio às conversas, surgiu o convite para assistir a um novo jogo e para um passeio. “Nosso primeiro beijo foi dentro do ônibus, no dia 28 de janeiro. Desde lá, foram dois anos de namoro e são quatro de casamento”, diz Jéssica. Do casamento deles nasceu o pequeno Pedro, de
três anos.
Para o casal, foi amor à primeira vista, graças ao “empurrãozinho” do destino e também do ônibus, que os colocou frente a frente. “Muitas pessoas recorrem às redes sociais e sites de relacionamentos para conhecer alguém ou fazer amigos, mas o ônibus também é uma grande rede social, onde você tem a oportunidade de conversar com outras pessoas, conhecer suas histórias”, acrescenta.
Beijo no busão
Márcia Lima de Souza Ribeiro, de 37 anos e Marcos Aurélio Ribeiro, de 40 anos, também se conheceram no ônibus. A professora e o técnico em informática estão juntos há 18 anos e o primeiro encontro dos dois ocorreu no Ligeirinho Campo Largo/Curitiba. Na época, Marcos fazia curso pré-vestibular e Márcia dava continuidade aos estudos para atuar na área da educação.
O casal trocava olhares dentro do ônibus, até que um dia, havia um lugar vazio ao lado de Marcos e Márcia aproveitou para sentar ao lado do rapaz, que segundo ela, era bastante aplicado. “Não queria ficar em pé e resolvi sentar. Interferi
em um exercício que ele estava fazendo. Foi quando ele fechou a apostila e nós começamos a conversar”, lembra Márcia. Naquele dia, Marcos desceu um ponto antes daquele que costumava desembarcar. “Eu tentei beijar ela, mas ela virou o rosto”, revela Marcos. Três dias depois, eles deram o primeiro beijo. “Foram sete anos de namoro e já são 11 anos de casamento. Estamos felizes até hoje”, diz Márcia.
Marcos e Márcia acreditam que o relacionamento entre eles começou apenas porque estavam abertos para conversar e conhecer outras pessoas, seja na fila da padaria e ou até mesmo no ônibus. “Se você deixar o celular de lado e conversar com as pessoas que viajam todos os dias ao seu lado no ônibus, poderá fazer novos amigos e quem sabe, conhecer alguém especial”, recomenda Marcos.
Caminho da faculdade
Barbahra Elise Nicolas Lima Borges conheceu seu marido, Fábio Andre Borges, também em uma das linhas de ônibus metropolitanos da região de Curitiba. O encontro ocorreu há 16 anos, quando eles voltavam da faculdade. Foi Bruna, irmã de Barbahra, que a apresentou para Fábio. “Encontrávamos-nos no ônibus toda noite e criamos uma grande amizade”, comenta Fábio. Foram dois anos de amizade, até que um dia começaram a namorar. “Estamos casados há 11 anos e somos pais do Fernando e da Maria Flor”, finaliza Barbahra.
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