As aulas são todas online e o material didático também está disponível na internet

O ensino a distância (EaD) é uma modalidade no qual o aluno não precisa ir até uma faculdade para estudar. As aulas são todas online e o material didático também está disponível na internet. O aluno pode consultar um ‘tutor‘, que é um professor que fica disponível para tirar qualquer dúvida sobre a matéria.

Mas isso não significa que a qualidade do ensino seja diferente de um curso presencial. A duração do curso é a mesma, o que muda é o valor e o método. A responsável pela Coordenação de integração de Políticas de Educação a Distância (CIPEAD) da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Maria Joseli, explica a diferença. ‘A educação a distância é uma modalidade que proporciona ao aluno a flexibilidade de estudo, pois algumas pessoas não conseguem ir até uma faculdade por causa da sua rotina, então esse ensino traz uma vantagem ao estudante‘.

E esse é o caso da auditora Carolina da Silva, 23, que estuda Ciências Contábeis. ‘Por conta de viajar constantemente a trabalho e não ter disponibilidade para estudar na cidade durante a semana, acabei optando por fazer uma segunda graduação a distância‘, conta.

Esse tipo de ensino exige muito mais do aluno que um curso presencial. ‘O ensino EaD exige muito mais autonomia do estudante, pois ele tem que organizar uma rotina de estudos própria e precisa ter facilidade com a tecnologia, pois tudo é feito pela internet‘, afirma Maria Joseli.

Apesar das aulas serem a distância, as avaliações e o trabalho de conclusão de curso (TCC) precisam ser presenciais por lei, segundo o decreto 5622, mas isto não significa que o estudante que esteja fazendo um curso em uma faculdade de São Paulo precise se deslocar até a cidade, mas sim, ir até um polo mais próximo da sua residência.

Nos quatro cantos do país

Segundo o Censo de Ensino a Distância (EaD) de 2015, o ensino está presente em todo o país, nas capitais e nas regiões interioranas, com instituições de todas as regiões e estados do país. E com a existência de polos em cidades do interior, cada vez mais pessoas começaram a ter acesso ao ensino superior. ‘A educação no Brasil é muito cara, e às vezes esse ensino não chega ao interior das cidades. O ensino a distância possibilitou a acessibilidade dessas pessoas à educação‘, explica o reitor do Centro Universitário Internacional Uninter, Banhur Gaio.

O caso da publicitária Luciane Alves Lopes, 32, que estuda pós-graduação em Gestão e Organização de Eventos, é parecido. ‘Decidi fazer um curso a distância pelo preço, e quando abriram um polo mais perto da minha casa, acabei trancando o curso no polo anterior e um mês depois voltei a estudar‘, relata.

Se o aluno estiver em dúvida sobre qual modalidade escolher (presencial ou distância), Gaio recomenda. ‘É bom o aluno ler sobre os cursos, ir até um polo para conhecer o método de ensino e também para conhecer o ambiente virtual, assim o aluno entenderá melhor como funciona o ensino a distância‘, conclui.