Olhar firme e otimista para o futuro do jornalismo local, e a certeza de que a missão do jornal impresso foi cumprida. Com mais foco e atenção, a Tribuna mergulha de vez no ambiente virtual e investe em novas ideias e projetos para solidificar o site tribunapr.com.br como o mais acessado e confiável de Curitiba e região. Esta é a visão de Guilherme Cunha Pereira, diretor-presidente, e Ana Amélia Filizola, diretora da unidade jornais do Grupo Paranaense de Comunicação (GRPCOM)
Em 2011, a Tribuna (assim como os sites O Estado do Paraná – que anos antes já havia encerrado sua versão impressa – e Paraná Online) foi adquirida pelo GRPCOM junto ao empresário Paulo Pimentel. O objetivo era um só: levar jornalismo de qualidade e as convicções do grupo a um número ainda maior e mais diverso de pessoas.
“As nossas convicções não deveriam se limitar a um determinado grupo de pessoas. A Tribuna era – e continua – sendo um veículo com forte presença em Curitiba e fazia muito sentido pra gente aproveitar a oportunidade trazida pelo doutor Paulo para nós naquele momento”, explicou Guilherme Cunha.
O foco eram as classes mais populares, público alvo da Tribuna. Linguagem mais viva e própria, atraente e eficaz. “Este jeito de comunicar poderia perfeitamente ser compatível aos nossos valores. Sem ser desrespeitoso, mas divertida, despojada, coloquial. Isso trouxe uma vivacidade que enriqueceu o grupo todo e nos motivou a apostar no negócio”, acrescentou o diretor-presidente do GRPCOM.
Porém, a missão se revelou mais desafiadora. Apesar de o jornal já caminhar para deixar de lado o sensacionalismo, a origem policialesca, o famoso jornal que “torce e sai sangue”, ainda acompanhava o jornal. “A Tribuna era um ícone e fazia sentido manter tudo que a fazia grande, mas foi difícil lidar com essa adaptação. Tivemos muitos desafios, mas sabíamos que poderíamos ser populares e manter nossas convicções intactas. Toda transformação cultural tem seu grau de complexidade”, afirmou Ana Amélia.
Investimento, organização e muita disposição. A virada de chave no jeito de fazer jornalismo local aconteceu e ano após ano foi se tornando uma marca da Tribuna. Novos públicos, percepção de mercado e a certeza de que agora, reposicionado, o jornal poderia alçar novos voos.
Vai dar certo? A confiança é enorme, ainda mais com a experiência vivida há poucos anos dentro de casa. Há quase 10 anos a Gazeta do Povo encerrou a circulação da sua versão impressa e paulatinamente vem conquistando mais público, consolidando seu papel democrático e ampliando para o Brasil todo a missão de levar as convicções do grupo a mais pessoas.
“A pergunta que todo mundo faz é porque demorou, porque não fizemos junto com a Gazeta. Não aconteceu justamente porque a Tribuna ainda ocupava um espaço importante, mas sabíamos que este dia ia chegar. Enquanto ela tivesse fôlego, seguiria, mas agora viramos a página para ampliar ainda mais a visão e alcance da Tribuna, sempre respeitando toda a sua história”, contou Guilherme.
“A Gazeta foi um exemplo de que houve uma libertação muito grande, a abertura de novas oportunidades. A gente espera que a mesma coisa aconteça com a Tribuna. Nessa nova fase terá mais foco e energia nos pontos de conexão que buscamos com a cidade”, disse Ana Amélia.
“Entendemos que a conexão do jornal com alguns pontos da cidade era vital, mas mesmo quem se emociona ou fala do impacto positivo que a publicação de uma reportagem no papel traz, reconhece que o alcance dela é potencializado pelas redes sociais e site. Hoje não existe mais um ser humano de uma plataforma só, estamos em todas elas”, finalizaram os irmãos.
