Basta cinco minutos de conversa para rapidamente chegarmos a um consenso: parece que a pandemia nos tirou uns 3 anos da linha do tempo de nossas vidas. Se não isso, pelo menos tudo que aconteceu nos últimos quase 6 anos se definem como AP ou DP, antes da pandemia ou depois da pandemia. Para a Tribuna do Paraná, não foi diferente.
Do nada, diante das imposições do lockdown, precisaríamos continuar fazendo o jornal impresso, mas sem ter o contato com as pessoas. Ou seja, teríamos que mudar radicalmente o jeito de fazer as coisas (feitas praticamente da mesma forma por 63 anos).
>> Veja aqui esta capa histórica em alta resolução
Toda a interação feita na pré-produção, desde a ideia das pautas, a troca criativa durante o desenvolvimento o texto, os pedidos de ajuda, as discussões sobre o melhor gancho, o melhor caminho a se seguir, a escolha das fotos, o melhor lugar para encaixar um intertítulo, um recorte diferente na imagem (tornando a página mais chamativa, impactante. Tudo isso teria que ser feito de uma forma diferente.
Cada um na sua casa, com a cabeça cheia de medos sobre a tal da pandemia, tento que se virar para continuar entregando a melhor edição impressa da Tribuna dia após dia. Um jeito novo de entregar o texto, de conversar, de criar. Redefinimos rotinas, passamos a conversar por um grupo de WhatsApp como se fosse uma redação, tivemos desafios para encontrar a melhor forma de escolher o texto, editá-lo, enviá-lo, diagrama-lo, revisá-lo e liberamos para a gráfica.
Não foi fácil. Mas estávamos determinados a fazer a nossa parte. A imagem que ilustra este conteúdo é a capa do segundo dia de home office forçado pela pandemia. Naquele momento, com as informações que tínhamos, assumimos a bandeira do “Fique em casa”. E esta edição foi histórica. O título de todas as matérias das 16 páginas daquele jornal era “Fique em casa’. Foi impactante e emocionante.
O resultado foi muito melhor do que poderíamos imaginar. Graças ao profissionalismo, a competência e qualidade técnica de todo o time (com paciência, concessões e muita empatia), cumprimos com louvor a missão de produzir a versão impressa da Tribuna.
Para esta edição que chega às suas mãos, retomamos por pelo menos um dia o trabalho presencial (a Tribuna adotou o regime 100% home office mesmo antes do fim da pandemia).
Eu, nosso diretor de jornalismo Rafael Tavares, os paginadores Johnny Mattozzo e Dante Alberti, o editor Carlos Bório (direto de Maceió, onde ele mora atualmente), a repórter Giselle Ulbrich (e sua filha Dani), que trabalhou conosco muitos anos e foi a responsável por grande parte dos textos desta edição, trabalhamos até as 1h30 (com direito a café e pizza de janta) para finalizar a última edição da Tribuna. Missão cumprida!




