Quando era menina, a advogada Jéssica Moisés Monteiro tinha como seu “quintal”, o Museu de História Natural, que fica dentro do Bosque do Capão da Imbuía. É que a casa da avó ficava bem em frente ao local e era lá que ela passava as tardes depois da escola. Esta é a recordação mais antiga que guarda na memória, de uma Curitiba ainda com sabor de infância. “Adorava brincar no bosque e ficar com minha avó, que infelizmente, já faleceu”, recorda.

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Jéssica irá completar 27 anos no próximo dia 29, junto com a cidade em que nasceu e vive. Moradora do bairro Capão da Imbuia, ela sempre viveu no mesmo endereço. “Mesmo quando fui para o Mato Grosso do Sul passar uns tempos com minha mãe que vive lá, minha base ainda era Curitiba”, explica. Ela foi fazer faculdade em Guaíra, mas como viajava todos os dias, acabou se cansando. “Resolvi voltar pra Curitiba”, lembra.

A advogada ama o clima frio da cidade (Foto: Raquel Tannuri Santana).

Formada em Direito em 2014 pela Uninter, atualmente Jéssica trabalha num escritório de advocacia na área de direito bancário. “Quero fazer pós nesta área”, diz. Com carteira da OAB, ela lembra os tempos de faculdade e os amigos daquela época que traz em sua vida até hoje. “Somos uma turma e sempre nos reunimos”, afirma. Foi no curso com conheceu o namorado, o bacharel em Direito, Fabrício Alcântara da Silva, com quem mantém um relacionamento há cinco anos.

“O curioso é que ele faz aniversário um dia antes de mim, ou seja, no dia 28. Brincamos que a gente não sabe quem foi o apressado ou o atrasado”, conta. Coincidência, ou não, seus sogros aniversariam juntos no mês de setembro. “Costumamos brincar que isso é um sinal”, diz.

A cidade

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Jéssica não curte muito as baladas curitibanas, mas afirma que gosta de ir com o namorado e os amigos em barzinhos. “Também gostamos de nos reunir em casa, principalmente na do meu namorado, já que moro em apartamento”, explica.

De Curitiba, o que ela mais curte é o frio. “Quando morava no Mato Grosso, que é muito quente, sonhava com o frio daqui. Adoro”, afirma.

Bosque é referência científica

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O Museu de História Natural fica dentro do Bosque do Capão da Imbuía, no bairro em que Jéssica vive. Doado à Prefeitura de Curitiba, em 1955, pela família Reginato, o Bosque Capão da Imbuia tornou-se uma ótima área de lazer e uma importante referência científica sobre meio ambiente na cidade. Nele, é possível caminhar pelo bosque tranquilamente, cercado de natureza, e ao mesmo tempo aprender sobre as relações entre a fauna e a flora.

O local possui uma área de 39 mil m², onde espécimes como imbuias, canelas e pinheiros centenários são preservados. O bosque abriga e se confunde com o Museu de História Natural, onde se desenvolve pesquisas sobre meio ambiente.

Uma das principais atrações do Bosque é o Caminho das Araucárias. Trata-se de uma trilha de 400 metros de comprimento por dentro de um bosque natural de araucárias, com mata densa, onde 12 vitrines e painéis, ao longo da trilha, mostram as relações entre fauna e flora.

O Bosque Capão da Imbuia localiza-se no bairro do mesmo nome. Era um local de mata isolada (capão) onde existia muita imbuia, um tipo de árvore, cuja madeira é de excelente qualidade para marcenaria.

Museu

O Museu fica dentro do bosque e desenvolve pesquisas em zoologia, principalmente voltadas para espécies em extinção. Nele trabalha-se, também, no cadastro dos elementos do ecossistema urbano, em Curitiba.

Possui um setor expositivo, para o público em geral, que inclui o Caminho das Araucárias, na área externa, e exposições que enfocam o ecossistema brasileiro, na área interna. Mostra exemplares empalhados de animais, como onça, ema e tamanduá, todos expostos em vitrine de vidro, o que dá a sensação de que os animais fazem parte do local.

Aniversário de Curitiba

Jéssica é uma das personagens apresentada nesta série de reportagens especiais que a Tribuna faz em homenagem à cidade em que reúne cidadãos que aniversariam junto com Curitiba. A série vai até dia 28.